domingo, 31 de dezembro de 2017

DO ZERO AO INFINITO

DO ZERO AO INFINITO

A mocidade, É um relâmpago;

Os teus olhos bonito,

São apenas pontos vagos,

Pairando no infinito.

Esta terra, Inefável e colossal,

É apenas grão de areia,

No espaço sideral.

O sorriso deste povo,

Insatisfeito e descrente,

É igual a passageira,

E andante estrela cadente.

Mas a flor é o universo,

Não consigo descreve-la;

Da vontade de colher,

No céu milhões de estrelas.

 *J.L.BORGES
1988

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