SAUDADE DO MEU SAPATO
Mas que saudade que tenho,
Do meu Sapato querido;
Onde eu vivia contigo,
Historias da carochinha.
Saudades do seu José,
Capataz da minha infância;
Do cavalinho da estância,
O meu cavalo de pau.
Nunca esqueço estes momentos,
Que passaram pela curva;
A curva do rio saudade,
Camaquã flutuando ao vento.
Mas tudo passou alem,
Muito alem do oriente;
Só restou este olhar,
Esta dor, minha semente.
A semente da saudade,
Esta vã realidade
Minha encruzilhada sem luz,
Meu passado de verdade.
*J.L.BORGES
Gravatai.1987
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