sábado, 30 de dezembro de 2017

UMA MANHÃ DE AGOSTO DEPOIS DA CHUVA

UMA MANHÃ DE AGOSTO DEPOIS DA CHUVA

Lentamente...

Uma mecha de céu azul,

Apareceu entre as brumas,

Argentina da nossa sagacidade,

E a minha sociedade,

Floresceu num só instante,

Entre as trepadeiras arcaicas no pau Brasil,

E os acordes da manhã não excitaram em nascer.

Eu vi, passos flutuantes á minha volta,

Eram anjos voando,

E tocando flagrantes,

Dilúvios e flagelos,

Testemunha intocável,

Da morte na cruz.

Eu vi a primavera,

Coroada de cores,

Pintadas de flores,

Manchada de luz.

    *J.L.BORGES




Nenhum comentário:

Postar um comentário