UMA MANHÃ DE AGOSTO DEPOIS DA CHUVA
Lentamente...
Uma mecha de céu azul,
Apareceu entre as brumas,
Argentina da nossa sagacidade,
E a minha sociedade,
Floresceu num só instante,
Entre as trepadeiras arcaicas no pau Brasil,
E os acordes da manhã não excitaram em nascer.
Eu vi, passos flutuantes á minha volta,
Eram anjos voando,
E tocando flagrantes,
Dilúvios e flagelos,
Testemunha intocável,
Da morte na cruz.
Eu vi a primavera,
Coroada de cores,
Pintadas de flores,
Manchada de luz.
*J.L.BORGES
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