domingo, 31 de março de 2019

O QUÊ É SER FELIZ?


O QUÊ É SER FELIZ ?

A felicidade não é ir a uma badalada festa,

Nem é ter um rápido prazer sexual;

Não é comprar roupas e sapatos caros,

Tudo isso amigo, passa.

A felicidade náo é ganhar um campeonato qualquer,

Não é ganhar em jogos ou loterias;

E sai gastando por ai adoidadamente,

Tudo isso amigo,passa.

A felicidade não é fazer a viagem dos seus sonhos,

Não é ouvir agradáveis e efusivos elogios;

Não é colar grau ou ser condecorado,

Tudo isso amigo, passa.

A verdadeira felicidade e doar-se plenamente,

Doar-se sempre aos mais necessitados;

Sem esperar nada en troca amigo,

Nada mesmo…

A felicidade consiste em saber sorrir,

A felicidade é sempre agradecer a Deus;

Dar bom dia a vida e dizer muito obrigado!

Estes gestos e atitudes jamais passarão.

*JORGE LUIS BORGES

ESPERANÇA


ESPERANÇA

Nas trevas que assolam a gente,

Ainda existe uma luz,

Luz tênue que aguça a mente,

E faz o homem sorrir,

Esta luz chama-se esperança.

Nas trevas que assolam a mente,

Ainda existe a lavoura,

Que germina a semente,

E faz a colheita boa;

A chamamos esperança.

*JORGE LUIS BORGES
2019/03

AMIZADE VIRTUAL


AMIZADE VIRTUAL

Dois oceanos de distância,
Nos separam,
Atlântico e Índico.
Dois hemisférios de distância,
Nos separam,
Norte e Sul.
Quatro horas de distância,
Nos separam;
Aqui e onze, aí são três,
Mas dois corações batendo neste instante
No mesmo ritmo…
É o que torna a amizade virtual,
Tão afetiva e bela,
Talvez uma janela,
Ao nosso mundo real.

*JORGE LUIS BORGES

A FELICIDADE


A FELICIDADE

A felicidade da criança ve-se em seu semblante, A felicidade da mãe ve-se em sua face,

Tudo é singelo,

Tudo e belo,

É a certeza que o amor todo o dia renasce.

*JORGE LUIS JORGES

OITENTA ANOS DE VIDA


“OITENTA ANOS DE VIDA”

Chegar aos oitenta anos,
É uma grande conquista;
Uma dadiva de Deus.

Chegar aos oitenta anos,
É tornar-se mais humano;
É conquistar os céus.

Chegar aos oitenta anos,
É lapidar a pedra bruta,
Que chamamos ilusão.

Chegar aos oitenta anos,
É sair da caverna da obscuridade;
É navegar no oceano da razão.

Chegar aos oitenta anos,
É uma aventura suprema,
Que alguns perseguem.

Chegar aos oitenta anos,
É um dom que muitos querem,
É um poucos conseguem.

Chegar aos oitenta anos,
É abrir as portas da vida,
A renovações.

Chegar aos oitenta anos,
É como aspirar novos ventos,
Novas emoções.

*JORGE LUIS BORGES

SEMENTES DA ETERNIDADE

 
    SEMENTES DA ETERNIDADE

    Se existe espiritualidade, eu tenho a plena certeza que meu espírito estará em todos os poemas que escrevo e espalho na face da terra.

    Meus poemas serão a semente a novos poemas que por eles serão inspirados e, consequentemente, através destas escritas singelas me tornarei eterno.

    Talves seja por isso que espalho meus versos sobre a face da terra.

    *JORGE LUIS BORGES

MÁXIMAS DO BEM DORMIR


MÁXIMAS DO BEM DORMIR

Melhor dormir um sono sem sonhos, do que ficar acordado, sendo castigado por pesadelos do presente…

Dormir para descansar é importante, descansar para ser feliz é bem melhor, sendo assim a excencia do bom sono nos torna pessoas melhores.

*JORGE LUIS BORGES

SONHO E REALIDADE


SONHO E REALIDADE

Dormir para a alma descansar,

Acodar para ser feliz;

Sorrir, sonhar e cantar,

Seus momentos para ser feliz;

Depois dormir para e sonhar,

Sonhar para ser feliz,

Ser feliz e descansar,

Para no outro dia acordar,

Novamente ser feliz.

*J.L.BORGES

ROMÂNTICO


ROMÂNTICO

Já escrevi por ti tantas bobagens,

Que até esqueço o que já escrevi;

Já falei tanto amor, de ti,

E que em delírios revi tua imagem.

Foram tantos os poemas que não te recitei,

Não relatei que te amava tanto;

Em sorrisos fingi este meu pranto,

Este pranto por aquela que eu tanto amei.

São tantas as besteiras nas minhas poesias,

Onde fingia que esta tonta alegria,;

Coloria plenamente minha vida.

É por isso que  faço tantas poesias,

Para te mostrar e te demonstrar de vez,

Que em todas as tu és a preferida.

J.L.BORGES

EM PENSAMENTOS E SONHOS


EM PENSAMENTO E SONHO

Nos encontramos só em sonhos,

Mas embora estejas longe,

Estás aqui,

Perto do meu coração,

Tu me cativou querida,

E agora aqui estou,

Em sonhos te amando,

Porque eu te adoro.

Sei que não estás aqui,

Amor de minha vida;

Mas os meus pensamentos,

Estão todos contigo...

Por todo o momento,

Por todo o breve tempo;

Eu sempre te amarei,

Em sonho e pensamento.

*JORGE LUIS BORGES

AMOR,LOUCO AMOR


AMOR, LOUCO AMOR

Eu estou aflito quando tu não  brilhas em mim,
Para me seduzir desse jeito estranho;
Tu és  linda podes acalmar minha fera
No meio deste outono, esta janela,
Onde a solidão nunca se queixa,
E essa chama não esfria a ilusão.

Seus beijos na minha face parecem água,
Na doce dor que aumenta nosso desejo.
Como fera  me vejo quando tu não está aqui
Perdido e sem tua presença me sinto derrotado.

Eu não sei porque te quero tanto,
Mas percebo que esse amor é pequeno
Tal qual esta vontade que  sinto agora;
E se eu não puder te amar como sempre,
Prefiro ir embora que ficar assim insano,

Abraçando-te e brigando, contigo toda hora.

* JORGE LUIS BORGES

CARNAVAIS


CARNAVAIS

Na grande avenida, da vida,

Bloco de opressores,

Gente distraida entre,

Corruptos e corruptores.

Blocos de desilusões,

Narrando estórias;

De deuses insanos,

Sem memorias.

Mascara negra,
Escondendo a cara;
De efêmera alegria,
Ineficaz e rara.

Estrelas no asfalto,
Da longa avenida;
De sonhos e risos,
Sem despedida.

Ritmo alucinado,
Pinturas, Purpurinas;
O rouco tambor,
Gente fina.

Perola negra,
Requebrando;
Riso facil,
E o amor convidando.

Samba no pé,
Muita folia;
Lança perfuma,
Tolas fantasias.

São  loira e morenas,
Que pena! Aguardente;
Coca, Coca cola,
Xixi de anjo,rabo quente.

No vale tudo,
Tudo é legal;
Nada é pecado,
No carnaval.

Fogo e gozo,
Louca ilusão;
Beijo na boca,
Sufoco e tesão.

Porem o reflexo,
Do doce engano;
Mostrará sua cara,
No fim do ano.
                
*JORGE LUIS BORGES

VAGA-LUMES DE MEUS SONHOS

VAGA-LUMES DOS MEUS SONHOS

São anjos errantes,
A todo o instantes,
Brilhando aqui.
Na paz dos verões,
São constelações,
Brilhantes, rubis.
Neste campo de estrelas,
Queria retê-los,
Deixa-los pra mim.
Voaríamos nos campos,
Sob luares de encantos,
Em plácidos jardins.

*JORGE LUIS BORGES

MIGALHAS


MIGALHAS

Eram tempos de bons ventos,

Tempos de tanta fartura;

E voávamos com o tempo,

Tudo era aventura.

Tempos em que o sol brilhava,

A chuva caia mansa;

Lavando nossas calçadas,

E refletindo a esperança.

Tamanha fartura, e erramos,

Pois a vida igual navalha,

Podou o que não guardamos.

Fomos tolos a vida inteira,

E só sobraram migalhas,

Nesta vida passageira.

*JORGE LUIS BORGES

ROSA A ESPERAR A CHUVA


ROSA A ESPERAR A CHUVA

Rosa linda a esperar a chuva,
Úmida chuva em teu coração;
Tens na alma amor e emoções,
Harmonia que em ti não muda...

Winter e summer são tuas estações,
Inverno e verão, afagos que acalmam,
Gentil dama, por favor não mudes;
És a chave de minha inspiração,
Rosa linda a esperar a chuva.

*JORGE LUIS BORGES
Guaíba, Fevereiro 2019

OS POETAS SÃO IMORTAIS?


OS POETAS SÃO IMORTAIS?

Pergunto a meu coração:

Os poetas são eternos,

Ou morrem em vão?

Respondo a meu coração:

Certamente são eternos,

Pois eternizam no papel,

Douçura, paz e ilusão.

É por isso que talves eu seja poeta irmão.

*JORGE LUIS BORGES

NOSSA CONVIVÊNCIA DIÁRIA


NOSSA CONVIVÊNCIA

Em nossa convivência diária,

Tudo é doce permuta;

Amor, eu sou o motor,

E tu em meu oceano a barca.

E assim nos contemplamos,

Por termos a mesma marca;

Eu sou, tu és e nós somos,

Um só nesta vida justa.

Eu impulssiono o vigor,

O suor da boa luta;

E tu transporta ao bom porto,

Nosso descanso e labuta.

*JORGE LUIS BORGES

MINHA ROTINA


MINHA ROTINA

Nesta rotina diária,

Com a vida tudo é permuta;

Eu sou, sou eu o motor,

E tu barco, oh ! Vida justa.

Eu impulsiono o vigor,

O suor de nossa luta;

Tu transporta, oh ! Doce vida,

O meu descanso e labuta.

*JORGE LUIS BORGES

MAR DA EXISTÊNCIA


MAR DA EXISTÊNCIA

         É na tempestade que se vê se o marinheiro é forte, nunca na calmaria...
         Os tempos difíceis e tempestuosos forjam o marinheiro de fibra, a calmaria torna-o vulnerável e desatento com as vagas que batem no casco do navio que chamamos "vida".
         É assim que somos no mar da nossa existência.

*J.L.BORGES

ALMA GÊMEAS E OUTROS FATORES

   
    ALMAS GÊMEAS E OUTROS FATORES...

    Eu acredito que nada na nossa vida é um acaso.

    O universo é um complexo caminho de cordas entrelaçadas e em algum momento encontraremos nossos eus e encontraremos nossas multiplas almas gêmeas.

    Uma delas pode ser você que agora neste esta lendo-me, independente do tempo e espaço.

    De onde viemos e para onde iremos eu ainda não sei, porem eu sei que se nada é por acaso, então deve ter algum sentido nossa viver neste planeta tão belo e tão cruel onde tentamos desesperadamente conviver em harmonia em meio a esta guerra interminável em que o caos parece andar de mãos dadas com a harmonia.

    Talves sejamos viajantes neste plano espiritual em busca de algum porto seguro onde nossa alma em paz plena poderá viver harmonicamente com tantas almas celestiais que viajam tambem na procura deste porto tão sonhado.

    Você querido amigo ou amiga que está neste momento lendo-me, podes ter certeza que fazes parte deste plano espiritual , independente do tempo, do espaço e de sua forma carnal e espiritual de vida.

    *JORGE LUIS BORGES.

ALMAS GÊMEAS


    ALMAS GÊMEAS E OUTROS FATORES...

    Eu acredito que nada na nossa vida é um acaso.

    O universo é um complexo caminho de cordas entrelaçadas e em algum momento encontraremos nossos eus e encontraremos nossas multiplas almas gêmeas.

    Uma delas pode ser você que agora neste momento esta lendo-me, independente do tempo e do espaço.

    De onde viemos e para onde iremos eu ainda não sei, porem eu sei que se nada é por acaso, então deve ter algum sentido nossa vida neste planeta tão belo e tão cruel onde tentamos viver em harmonia em meio a esta guerra interminável em que o caos parece andar de mãos dadas com a harmonia.

    Talves sejamos viajantes neste plano espiritual em busca de algum porto seguro onde nossa alma em paz plena poderá viver harmonicamente com tantas almas celestiais que viajam tambem na procura deste porto tão sonhado.

    Você querido amigo ou amiga que está neste momento lendo-me, podes ter certeza que fazes parte deste plano espiritual , independentemente do tempo, do espaço e de sua forma carnal e espiritual de vida.

    *JORGE LUIS BORGES.

ACRÓSTICO A JORGE LUIS BORGES RODRIGUES


ACRÓSTICO A JORGE LUIS BORGES RODRIGUES

Janelas abertas para a poesia,
O amor, a bondade,esperança.  
Resgate de sentimentos adormecidos,
Ganhos e perdas na balança;
Envolvem a busca de harmonia...

Luz das manhãs a escrever versos,
Unindo  os tons poético no horizonte;
Infinito alba matinal  que...
Seduz e guia os sonhadores.

Borbulhar de águas são teus poemas,
Oceanicos a invadir o silêncio...
Recordando momentos idos,
Gostosos e novos instantes,
Envoltos em saudades,solidão e sonhos,
Sentidos em  emoções vividas.

Refletes assim nestes teus poemas,
O sofrimento, a dor , a alegria humana;
Decidida pela escrita no branco do papel,,
Resolves assim  conflitos do inconsciente,
Internalizando modelos de solidariedade,
Ganhandos por teus  gols de fraternidade,
Unicos nos  contos de paz e harmonia;
Expandindos na  sua inspiração espiritual,
Sua poesia, esta na janela universal...

*JORGE LUIS BORGES RODRIGUES

&

RUTH WIGNER

PEDRA LUNAR


PEDRA LUNAR

… E a pedra continua,

Solitária em seu jardim;

Sonhando com a altiva lua.

*JORGE LUIS BORGES RODRIGUES

PECADO ORIGINAL


    PECADO ORIGINAL

    Algumas vezes ao folhar o livro sagrado me deparo com Gênesis capitulo 03 e me pergunto; Quem é o maior culpado deste nefasto ato que culminou com a expusão do ser humano do paraiso e consequentemente a perda da eternidade;  Deus, a cobra, Eva ou Adão?

    Deus repreende Adáo e Eva, os expulsando do Eden e amaldiçoa a cobra, Eva põem a culpa na cobra, quer tirar o dela da reta, Adão cagueteia Eva, (é o 1° X 9 que se tem noticia) e a cobra acaba se ferrando...coisas do paraiso que a terra não consegue explicar.

    *JORGE LUIS BORGES RODRIGUES

GUMERCINO E SEU GURI

 
    GUMERCINO E SEU GURÍ

    Gumercino era um prozeador dos bons, e gabola também; certa feita estava ele prozeando com seu Luis, um antigo visinho seu.

    Enquanto saboreava um bom mate amargo e fumava um palheiro macanudo, o gaudério elogiava Zequinha, seu filho mais novo, falando ao Luis que tudo que ele mandava o gurí atendia e fazia sem reclamar.

    Ele, ao ver a água do chima ja apoucando, chama o menino e pede a ele para trazer uma chaleira com àgua quente, e o guri sem pestanejar fala a seu pai, para o olhar incrêdulo e surpreso de seu Luis e o semblante envergonhado de Gumercino.

    -Eu não vou buscar àgua nenhuma, se quizer vai tu buscar.e vira as costas e se afasta dos dois boqueabertos senhores.

    O homem para ficar digamos que dono da situação vergonhosa em que se colocou fala a seu amigo.

    -Éum bom gurí, mas teimoso que nem eu, quando diz não e não…

    *JORGE LUIS BORGES

MEU TEMOR INTERIOR


Meu temor interior

Eu temo perder algo,

Para aquela pessoa que nada tem;

Me tranco e me armo,

Faço coisas que só a mim convem.

Nas ruas do temor dou alguns trocados,

Uma troca infeliz, pois julgo-me diferente;

Temendo alguma perda me armo e me tranco,

Numa fortaleza impenetrável, bem longe desta gente.

*JORGE LUIS BORGES

DE BECA E TOGA


DE BECA E TOGA

Ja vi muitas quadrilhas;
A quadrilha do lampião,
As quadrilhas de São João,
Mas uma quadrilha togada,
Nunca tinha visto irmão.

Roubar com faca é normal,

Roubar com revolver é normal,

Roubar até com escopeta;

Mas eu acho anormal,

Roubos feitos com a caneta.

Alguns ladrões roubam nosso voto,

Outros roubam nossa confiança,

Mas os piores de todos os ladrões,

É os que roubam com beca e toga,

Estes roubam a esperança.

*JORGE LUIS BORGES

NOTICIAS NA TV


NOTICIAS NA TV

Acabei de desligar a tv...
As mesmas noticias,
Sempre as mesmas noticias;
Quer no canal 2,
Quer no canal 4,
Quer no canal 5,
Tambem sera as mesmas noticias,
No canal 10 e 12;
A gravação não muda nunca,
E nem o bater na mesma tecla.

Eu estou cansado,
Serei eu o povo cansado,
O povo suado,
O povo ignorado,
A assistir sempre as mesmas noticias,

As amargas noticias,
Na malfadada televisão?

*JORGE LUIS BORGES

AS BRUMAS DE BRUMADINHO


AS BRUMAS DE BRUMADINHO

As brumas de Avalom,

Falam de deuses...utopias;

Narram epopéias misticas,

Coisas da mitologia.

E as brumas de Brumadinho,

O que nos restam irmão?

Talves falem de minas...veios,

Escravos em fila, filão.

Nas mãos dos exploradores,

Correm o sangue de inocentes;

E a nós que não temos voz,

Nos resta sermos obedientes?

… Parece que não entendem,

Ganância maldita e insana;

Arrazaram Brumadinho,

E esqueceram Mariana.

“Que importa as poucas vidas,

Se damos o teto e o pão”;

Falam vermes diretores,

Sem moral e emoção.

As comportas não mais comportam,

O descaso soterrou tantos caminhos;

Te pergunto Mariana, até quando?

Até quando Brumadinho?

*JORGE LUIS BORGES

MEU FUTURO É ESTE AGORA


MEU FUTURO É ESTE AGORA

Eu perdi tantos passados,

Nesta estrada que me envolve;

Me percebo tão cansado,

Com esta dor que me absorve.

Meu destino é de um  andante,

Tolo homem obscuro;

Igual  menino triste e errante,

Num caminho tosco e escuro.

Me percebo assim, magoado,

Sou sozinho, isolado;

Meu futuro é todo errado, me dá medo.

Um futuro não distante;

Triste mundo sem instantes,

Nesta paz que mal percebo...

                                      
 *J.L.BORGES

VAGALUME


Vagalume

O vagalune suspira triste,

Ao ver estrelas no céu.

Não fiques triste pois tu és livre,

Enquanto elas estáo lá presas.

Tu és singelo mas voas livre,

E elas presas no negro céu.

*JORGE LUIS BORGES



AMOR VIRTUAL


AMOR VIRTUAL

Instantes de amizade,

Rompantes de luz e cor;

Idilico e doce momento,

Saudades do meu amor.

Intensa paixão utópica,

Realidade irreal;

Ilusórios serão meus sonhos,

Sonhos de um amor virtual?

Irônicos tempos de outrora,

Reacendendo as paixões;

Ilusão ou são momentos,

Serão vento ou ilusões?

*JORGE LUIS BORGES

VESTIDO AZUL


VESTIDO AZUL

Este vestido aqui pendurado,

Solitário e jogado em um canto qualquer,

É um vestido azul desbotado,

Que um dia envolveu a mulher,

Aquela que eu julgava ser a minha querida,

Ser sempre o meu bem querer.

Pobre vestido azul decotado,

Que certa vez foi do meu amor,

Vestido aqui esquecido, pois ela partiu,

Foi embora e eu desprezado,

Estou sozinho, eu e minhas lembranças,

Trancado neste armário de dor.

Eu quero jogar ele fora,

Uma faxina em meu quarto farei,

Uma faxina em meu coração;

Mas como joga-lo? Se ele abrigou a mulher,

Aquela que sempre amarei,

Mas que de presente me deu solidão.

Pobre vestido azul desbotado,

Desprezado como eu por aquela,

Mulher, e como eu aqui jaz em vão jogado,

Neste catre onde bebo, nesta cela,

Onde sorvo meus medos e esta saudade,

Nefasta saudade que tenho por ela.

*JORGE LUIS BORGES

O POETA E O PINTOR


O POETA E O PINTOR

O poeta pinta letras,

O pintor pinta instantes.

O poeta cria frazes,

O pintor cria momentos.

O poeta faz das frazes seus poemas,

O pintor,dos momentos o poema…

*JORGE LUIS BORGES.

REVOLVER


REVOLVER

Frio,

Imóvel,

Estático,

Impassível,

objeto incômodo

Sem vida e conciência,

Descansando na cômoda.

A causa,

Consequencia,

A mera discusão,

O desacerto banal,

A falta de compreensão,

O dedo a apertar o gatilho,

Um corpo estendido no cháo.

*JORGE LUIS BORGES

O REVOLVER


O REVOLVER

Objeto inanimado,

Imóvel,

Sem vida.

Uma discusão banal,

O gesto fatal,

O dedo a apertar o gatilho.

Objeto frio...estático,

Objeto metálico,

A tirar  vidas?

Errado, quem o gatilho aperta,

É que a vida tira,

Deixando a sociedade em tiras.

*JORGE LUIS BORGES.

VESUVIO


VESÚVIO

Doce cruel deus rebelde,

Refúgio de outros deuses,

Vomitando sobre as cidades;

Enquanto nuvens andantes,

Entre o céu, a terra e o mar,

Clamam aos  deuses piedade…

*JORGE LUIS BORGES


VESÚVIO

Doce cruel deus rebelde,

Refúgio de outros deuses,

Vomitando sobre as cidades;

Enquanto nuvens andantes,

Entre o céu, a terra e o mar,

Clamam aos  deuses piedade…

*JORGE LUIS BORGES

CANÇÃO DA CHUVA


CANÇÃO DA CHUVA

Meu Deus,

Faça com que esta chuva intrusa,

Deixe esse amor em paz,

Não me tire a ilusão de amar com paixão.

Não há mais um sonho doce,

Que um amor real,

Dançando a  canção da chuva,

Com o som da sua melodia a cair.

Deixe a  chuva banhar-se contigo

E a frescura das tuas lágrimas,

Enxaguar e limpar a minha alma pura.

Alma que te amará com frenesi,

Sem medo da chuva deixar de cair;

Alma que será  tua, até o amanhecer.

*JORGE LUIS BORGES

ATLÂNTICO


ATLÂNTICO

Ouço um poema quântico,

Da rocha e da vaga,

No litoral do Atlântico.

Atlântico a levar mágoas,

Ao refúgio das baleias,

Onde o arpão rasga a àgua.

Caminho das caravelas,

De mercadoria humana,

Correntes...cruzes e velas.

*JORGE LUIS BORGES

SÚPLICA A CHUVA QUE CAI


SÚPLICA A CHUVA QUE CAI

Por favor, chuva intrusa,

Chuva reclusa em meu coração,

Deixe este amor em paz,

Lave com serenidade amena,

Esta torpe ilusão,

De querer amar sem ter retorno.

Não há sonho doce sem a paixão,

Pare então chuva de chorar,

E de molhar o telhado do meu coração,

Vá molhar outro solitário coração,

E deixe a fluidez de tuas lagrimas,

Outra alma inundar sem piedade.

*JORGE LUIS BORGES

ÍNDICO


ÍNDICO

Indicas tu de onde vem o sol,

Banhas tu as costas africanas,

Enquanto o leão ruge nas savanas.

Indicas tu de onde vem a lua,

Aquela mesma lua prata,

Que ilumina Luanda e suas noites nuas.

És tu o mar das caravelas,

Uma cruz cravada em teu negro solo,

Uma lágrima..muma dor...uma vela.

És tu que olhar de diamantes,

Enquanto o negro arrasta sua corrente,

A tanto tempo, a todo instante.

*JORGE LUIS BORGES.

QUOTIDIANO


QUOTIDIANO

Pirotecnicamente,
O paciente inconsequente
Pira,
A enfermeira,
Faceira,
A agulha retira...

Freneticamente,

O ausente paciente,
É impaciente no pranto.
A dor  serpente,
repelente,
encanta...

Apressadamente
O quotidiano devora,
o agora;
No frio escuro,
O impaciente futuro
chora...

*JORGE LUIS BORGES

                 

CACOS DO PASSADO


CACOS DO PASSADO

Vamos revolver o passado,

Tentarmos juntar nossos cacos;

Colar? Jamais, pois o quebrado,

É apenas cacos e sempre será cacos.

Ao juntarmos nossos cacos encontraremos,

Aqueles momentos hoje esquecido;

E quem sabe até lembrsremos,

Aqueles beijos que há tempos estão perdidos.

Nossos cacos do passado reviveremos,

Igual lembrança da criança que partiu,

A um futuro onde a posta mal se abriu.

Mas que depois nos convida e então entramos…

E nos vemos num ediondo oceano,

De lembranças que a tempos nós perdemos.

*JORGE LUIS BORGES

PINTURA DE SONHOS


PINTURA DE SONHOS

Nem tudo que é belo é bom,

Nem tudo que é feio é ruim;

Talvez o mistérioso dom,

Da vida é o eterno fim.

Nem só o amor constrói,

Nem só a guerra destrói;

As vezes a paz que é precisa,

Esconde este sonho que  mói.

Porem a vida consegue,

No retoque de uma pintura;

Magias de um mundo alegre,

Na tela fosca da ternura.

O antigo se completa,

Com o moderno e a criança;

Luz leve desta esperança,

Na dor que a tantos afeta.

                           
*J.L.BORGES

PANDORGAS DA HARMONIA


PANDORGAS DA HARMONIA

Na suavidade inocente,
Onde o sono trás harmonia;
Sonha o menino contente,
Bons sonhos de nostalgia.

Trás no rosto a esperança,
De um futuro promissor;
Estampa de uma criança,
Sem sofrimento e sem dor.

Trás na face a alegria,
Imensidão de bonança;
Cristalizadas no dia.

Sonha criança inocente,
Com as pandorga da harmonia;
Trazendo a paz transparente.
                                         

*J.L.BORGES

AGRADECIMENTO


“AGRADECIMENTO”

Agradeço a meu bom Deus,
Por ter minha boca para beijar;
Ter meus braços para abraçar,
A suave noite para sonhar.

Agradeço a meu bom Deus,
Por meus olhos ao mundo ver,
Ter minha voz para cantar,
Ter a vida para viver.

Agradeço a meu bom Deus,
Por ser poeta e fazer versos
Na lavoura da inspiração

Agradeço a meu bom Deus,
Pelos momentos de amizade;
Luz que me afasta da solidão.

*J.L.BORGES

A MENINA QUE ESCREVIA VERSOS


“A MENINA QUE ESCREVIA VERSOS”

A menina que escrevia,

Na poeira do tempo,

Versos de amor e nostalgia.

Onde a eternidade exigente,

Em pinceladas de estrelas,

Os seus versos reescrevia.

Versos doces de momentos,

De bons ventos que os apagavam,

E os sopravam na alma.

Nas entrelinhas dos sonhos,

Seus versos tornaram-se estrelas,

A viajar no universo.

*JORGE LUIS BORGES

A MENINA QUE ESCREVIA NA POEIRA


“A MENINA QUE ESCREVIA NA POEIRA”

Sua mão pincelava letras,

Nas estradas e calçadas;

Rabiscos de amor, saudade,

Mas que o vento levava.

Ela escrevia na poeira,

Do tempo, suas fantasias;

Memórias de outros tempos,

Tanta paz… e nostalgia.

Eram retratos poéticos,

Que sobre a  poeira montava;

Tantos ladrilhos de estrelas,

E a noite suspirava…

Poemas de bons momentos,

Que o vento apagava;

E soprava em forma de versos,

...E a menina sonhava.

Nas entrelinhas dos sonhos,

Tornam-se luzes então;

A viajar no universo,

No limiar da emoção.

Hoje lá estão seus versos,

Ou serão constelações?

Tal qual estrelas, impressos,

Brilhando na imensidão.

*JORGE LUIS BORGES

ANDES


“OS ANDES”

São tantas montanhas estranhas,

A escalarem os céus,

Para ao dol estarem…

*JORGE LUIS BORGES

ROCHOSAS


ROCHOSAS

Sobem além das nuvens,

E vigiam pradarias,

A modada dos Sioux…

*JORGE LUIS BORGES

INIMIGO MEU


INIMIGO MEU

Feliz é o homem que tem uma inimizade declarada,

Infeliz é oque tem uma amizade irrustida.

A falsa amizade nada agrega nesta vida,

O bom é tu saberes da  inimizade declarada.

Eu temo pelo sangue desta gente,

Sangue que escorrerá pelas calçadas;

Quando cativarem a amizade irrustida,

E abrirem guarda da inimizade declarada.

*JORGE LUIS BORGES

O CÃO DA FAMILIA GOUVEIA

       
         O CÃO FAMÍLIA GOUVEIA

         Luis GustavoGouveia e Suzi Alburquerque Gouveia formavam um belo e bem sucedido casal, estavam juntos há 5 anos, e nunca se preocuparam em terem

Filhos, também pudera, eram muito atarefados para com isso se preocuparem, ele médico, ela professora; Luis Gustavo o dia inteiro entre hospital e consultório, Suzi dando aulas em turno integral, além de ótimos rendimentos, gostavam deveras o que faziam e não se preocupavam com filhos.

         Em compensação possuíam há 5 anos um belo pastor alemão, presente este de casamento dados por Jorge e Louise, amigos e padrinhos do casal.

         Naquela rotina atribulada o cão era os dengos da casa, nos finais de semana era banho, era tosa, biscoitos caninos, passeio no parque...no inicio da noite, na casa era o

cão  no colo dos dois, as corridas pelos cômodos , o animal bem ensinado, levava o chinelo do seu dono, só com um assovio e com um bater de palmas entregava-lhe o

Jornal, até parecia substituir aquele filho que eles não tinham e nem cogitavam ter.

         O totó era igual a filho a filho mesmo, com registro e tudo,”Bettowen Alburquer-

que Gouveia”; Bag para os íntimos, registrado no papel e escrito na bela coleira de couro.

         Certo dia Suzi acorda com algumas tonturas e ânsia de vômitos, ela não se preocupa muito e nem fala ao marido, “Deve ser estresse” pensa ela, porem aos poucos começa aquela tontura e ânsia de vômito diariamente, resolve fazer um exame, e: ”Bingo “grávida, a noite fala ao marido que fica exultante com a boa noticia,

o cão no colo do homem dá um salto e vai refugiar-se na lavanderia, fato este nem notado pelo casal.

         Com esta gravides inesperada a rotina do casal vai mudando gradativamente, a atenção com o Bettowen sendo transferida a Suzi, o cão, retraído  a observar os aconte

cimentos, só não muda a rotina da diarista, todas as segunda, quartas e sextas feiras,

limpando a casa e cuidando do cão.

         A gravides de Suzi já esta bem adiantada e cuidados redobrados, mas a rotina do trabalho inalterada; certa noite o casal chega em casa, Luis Gustavo entra, Suzi ao entrar tropeça no tapete e é amparada pelo marido, o cão que estava próximo a tudo observa, Luis Gustavo de pronto retira o tapete da entrada da casa, fala Suzi que irá deixar um recado a diarista para que no dia seguinte ela não o coloque de volta a

entrada da porta, o cão ouvindo tudo.

         No outro dia o tapete no mesmo lugar, Luis Gustavo liga furioso a diarista e reclama de seu esquecimento, ela jura que fez conforme o pedido do homem, segue

a rotina da casa, na quarta a volta do trabalho, o tapete ausente, o cão a tudo observa,

na sexta feira o retorno do trabalho, o tapete novamente a entrada da porta, mais

uma vez o homem telefonando a diarista e reclamando de seu esquecimento, ela jur

que tinha retirado o tapete conforme a sua ordem, assunto encerrado, no outro dia nada de tapete no local indesejado, segue os dias e o problema parecia resolvido.

         Suzi já esta com 7 meses de gravides, quase na hora de se ausentar de seu trabalho, barriga em destaque naquele corpo harmonioso, os cuidados redobrados, e agora o esquecimento total do pobre cão, que choramingava constantemente, e abanava o rabo em busca de atenção.

         Na sexta feira a diarista faz como de costume seu rotineiro trabalho, final de tarde vai embora.

         Luis Gustavo e Suzi retornam de seus trabalhos, a Suzi afrente abre a porta, enquanto que o marido coloca o carro na garagem, de repente um baque surdo e o tombo imprevista da jovem gestante, o tapete escorrega para o lado, ela no chão, o sangue pingando entre suas pernas, o cão a observar tudo, Luis Gustavo socorrendo a

esposa, internação urgente e a triste noticia, aborto causado pela queda da mulher, tristeza total do casal.

         No outro dia a demissão da incrédula diarista que jurava por todos os santos que jamais tinha colocado aquele maldito tapete a  porta da casa, Bettowen na entrada da sala assistindo a tudo e dando baixos ganidos que pare cima de satisfação.

         Depois da recuperação de Suzi e de sua resignação, a rotina volta ao normal , aquela rotina antes da gravides, nos finais de semana, banho e tosa, biscoitos caninos, passeios no parque, a noite na casa o cão no colo dos dois, as corridas pelos cômodos da casa, um assovio, e ele levando o chinelo de seu dono, o bater de palmas, e ele lhe lavando o jornal.

         Assim a felicidade juntamente com a  antiga rotina volta ao seio daquela casa, e a diarista jurando e afirmando a todos que nunca tinha recolocado o tapete na entrada da casa, ela tinha plena certeza que fora o cão...

*JORGE LUIS BORGES

 

MEU CORCEL 74

     
         MEU CORCEL 74

         Eu tenho um corcel 74, muito inteiro por sinal, é uma raridade.

         Certo dia resolvi ir com ele até a Venezuela, peguei a estrada do sul ate chegar ao norte do Brasil foi muito cháo, mas lá cheguei, e chegando lá em Pacaraima me deparei com o inusitado; la policia da Venezuela no troncal 10 me barrou troculamente…

         -Usted no puede ingresar en Venezuela con su vehículo…

         -Porquê, pergunto eu…

         -O senor presidente Maduro vá hacer estalar su vehículo…

         -Mas porquê, perguntei novamente.

         -Porque su vehículo y verde…

         *JORGE LUIS BORGES

A SOBERBA

  
         SOBERBA

         Alguns falam que a soberba é um caríssimo sapado de salto alto, gosto de ver os desavisados calçando estes sapatos e desfilando nas ruas da vaidade...

         Alguns dizem que a soberba nada mais é que um inebriante vinho, oriundo dos vinhedos da vaidade, alguns tolos mortais o bebem em longos goles, e depois vomitando e afogando-se em sua própria luxuria...

         Uns falam que a soberba é uma belíssima cobra mitológica, sedenta e esfomeada, os incautos que por alguma razão a alimentam, acabam por ela picados...

         Alguns ainda dizem que a soberba nada mais é que a própria medusa que fugiu do inferno e está na terra provocando tentações com sua beleza exuberante, quando algum tolo mortal bota os olhos nela, seu coração imediatamente transforma-se em pedra por toda a sua efêmera eternidade...

         Estas são as faces da soberba; agora está em você ser amigo ou não dela, que tal vendar seus olhos para não ver esta fascinante criatura, você pode se apaixonar por ela.

         *JORGE LUIS BORGES

        

A FESTA DOS SAPOS

    
         A FESTA DOS SAPOS

         Havia um tempo em que todos os animais viviam em perfeita harmonia uns com os outros, nesta fantástica época eles faziam festa para assim brindar esta convivência.

Pacifica, foi ai que os sapos resolveram fazer uma grande fresta para comemorarem este evento no planeta, convidaram todos os animais das florestas, inclusive os mosquitos.

         Estes miúdos convidados resolveram digamos que, bagunçar a festa dos sapos, então aquele bando de desordeiros em louca revoada e tocando seus desafinados violinos, foram picando um a um os convidados, era uma orgia de picadas em todas as posições imagináveis.

         Os sapos que eram os anfitriões da festa, não gostaram nada da atitude daqueles minúsculos vampiros voadores e de linguada em linguada foram devorando um a um.

         Acharam tão gostosa aquela iguaria zumzumlante, que a partir daquela data passaram a fazer parte do cardápio dos anuros.

          E foi assim que surgiu a cadeia alimentar na terra, ninguém escapando, nem mesmo os inventores da tal cadeia, que também serviram de bóia as cobras e lagartos.

         Esta é a lei que rege o planeta terra, o maior sempre engolindo o menor.

         *JORGE LUIS BORGES

A LEI DE GERSON


A LEI DE GERSON

         A lei de Gerson, criada e aplicada no Brasil chega a beirar as raias da ironia e da loucura.

         Há tempos atrás eu morava em um minúsculo apartamento, um quarto minúsculo sala conjugada com cozinha, ainda menores...

         Chegou fim de ano, resolvi trocar minha velha geladeira já bem rodada por uma zero quilómetro, eis que surge um problema; o quê fazer com a tia velha?

         Problema resolvido, desovei-a em frente ao edifício, para protestos e resmungos nada agradáveis do zelador.

         Passaram-se três dias e nada da tia gorda ser levada...

         Eis que depois de uma diarreia mental após umas 3doses de Green Valey, surge uma ideia, coloquei uma placa de vende-se na velha geladeira com preço e tudo, para espanto do resmungam-te e irónico zelador.

         Meia hora depois toca o interfone do meu apê, era o zelador relatando-me o ocorrido, logo que virei as costas, um raquítico cidadão brasileiro vê a tia gorda com aquela atraente placa de vende-se e seu respectivo preço, e sem pestanejar se gruda na coitada que nem Cristo a carregar sua cruz e com suor e sangue a sequestra para toda a eternidade.

         Esta é a lei de Gerson...

         Palavras da saudação.

         *JORGE LUIS BORGES

           

sábado, 30 de março de 2019

CAMINHADA


CAMINHADA

Eu caminho nesta vida,

Levando as idades comigo;

Mas deixando pelo caminho,

Aqueles amores antigos.

Levo minhas velhass amizades,

Levo as saudades comigo;

As minhas boas lembranças,

Sorrisos dos meus amigos.

Assim caminho na vida,

Com alegria na alma,

Os sonhos bons vão comigo.

Sigo nesta caminhada,

Com paz, harmonia e calma,

E feliz, pois vou contigo.

*JORGE LUIS BORGES

NOSSOS SONHOS

        
         NOSSOS SONHOS

         Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço de futuro que deixa de existir.

         Quando plantar-mos nossos sonhos, deve ser na terra adubada, nunca na areia, tambem não devemos esquecer de reaga-los para que creçam com vigor e dê seus bons frutos.

         O futuro necessita de nossos sonhos para tornar-se real, sem nossos sonhos o futuro deixa de existir, nossa vida torna-se opaca e sem sentido algum.

*J.L.BORGES

MOMENTOS DE FELICIDADE


“MOMENTOS DE FELICIDADE”

         Aproveita intensamente  os teus momentos de felicidade, tudo  na vida passa bruscamente; depois de um breve  momento de calmaria vem dias intermináveis de tempestade devastadora que a tudo destrói sem piedade.

         Após o dia abrasador vem as noites de intenso frio, que até a alma congela.

         Tudo na vida é passagem, a própria vida é passageira; aproveita bem o dia de hoje.

*J.L.BORGES

CORDEIS DA ETERNIDADE

       
         CORDEIS DA ETERNIDADE

         Os nós fazem parte da nossa vida, depende de nós sabermos desata-los sem cortarmos a corda que é a continuidade de nossa existencia.

         Amados irmãos, se houver roptura na corda isso náo é nada bom a nosso viver,devemos desatar os nós, mas nunca os cortar.

         Muitos acham mais pratico resolver os problemas de seus dia a dia usando a radicalidade e a praticidade que é a ruptura rapida dos problemas que aparecem em seu cotidiano, sem terem a paciencia de desata-los suavemente, os problemas que surgem em nosso viver náo desaparecem num passe de mágica,devemos ter a calma e a serenidade para resolve-los sem as rupturas que podem deixar sequelas incuráveis na nossa efemera existencia no planeta terra.

         Irmãos, desatemos nossos nós diários com mansidão e sabedoria para que a nossa corda da vida jamais se rompa e quem sabe tornar-se-a ligação e lição de sabedoria para a união de mais e mais cordas que, tornar-se-ão a ponte da eternidade.

         *J.L.BORGES

INDIVIDUALIDADE E LIBERDADE

        
         INDIVIDUALIDADE E LIBERDADE

         Quem vive do meu lado não vive do meu jeito, da minha maneira de viver, cada um tem o seu jeito e a sua maneira de viver.

         Respeitemos a individualidade do próximo; que a nossa com certeza será respeitada e consequentemente a nossa liberdade.

*J.L.BORGES

CORDEIS DA ETERNIDADE

       
         CORDEIS DA ETERNIDADE

         Os nós fazem parte da nossa vida, depende de nós sabermos desata-los sem cortarmos a corda que é a continuidade de nossa existencia.

         Amados irmãos, se houver roptura na corda isso náo é nada bom a nosso viver,devemos desatar os nós, mas nunca os cortar.

         Muitos acham mais pratico resolver os problemas de seus dia a dia usando a radicalidade e a praticidade que é a ruptura rapida dos problemas que aparecem em seu cotidiano, sem terem a paciencia de desata-los suavemente, os problemas que surgem em nosso viver náo desaparecem num passe de mágica,devemos ter a calma e a serenidade para resolve-los sem as rupturas que podem deixar sequelas incuráveis na nossa efemera existencia no planeta terra.

         Irmãos, desatemos nossos nós diários com mansidão e sabedoria para que a nossa corda da vida jamais se rompa e quem sabe tornar-se-a ligação e lição de sabedoria para a união de mais e mais cordas que, tornar-se-ão a ponte da eternidade.

         *J.L.BORGES

NOSSA CAVERNA INTERIOR

 
    NOSSA CAVERNA VIRTUAL

    

    Não devemos transformar as redes sociais, (ferramentas essas excenciais no nosso século), em nossa caverna virtual, porque presos nela nada agregamos, apenas imaginamos como deve ser o mundo lá fora,(a realidade concreta)

    Estas redes sociais; internet; etc, sendo usada em exageiro acaba tornando-nos prisioneiros de nós mesmos, presos em nossas cavernas interiores, e assim como no “Mito da caverna” de Platão; acabamos vendo o mundo exterior a nosso redor  virtualizado.

    Sendo assim, fatalmente transformamos nossas amizades, nossos amores e até nossas desavenças concretas em amizades virtuais, amores virtuais, e desavenças virtuais, emfim; nossos sentimentos ficam totalmente virtualizados.

    Não devemos transformar as redes sociais em prioridade plena, porque esta nossa atitude pode transforma-la em uma faca de dois gumes; é perigoso e pode ser ireversivel.

    Devemos sim como nos primórdios da civilização libertar-mos desta caverna moderna, que é obscura, fria e sem aconchego realmente humano, caverna esta que atrasa nosso evolução social, cultural e espiritual.

    Escravos das redes sociais não, senhor sim.

    *J.L.BORGES

BOATOS

      
         BOATOS

         ...Um discipulo chega a seu mestre:

         -Mestre, espalhei mentiras sobre um amigo, tudo boatos, e agora estou arrependido, que faço para corrigir este meu erro?

         -Vejo que és um bom homem, fico feliz por reconheceres tua culpa, vá a tua casa, pegue muitos papeis, os picoteie e escreva palavra por palavra o que tu falou de teu irmão, depois jogue-os pela janela, feito isso, aguarde um pouco e depois os recolha um a um e os queime para ninguem saber destas tuas mentiras e espalha-las aos quatro ventos.

         -Impossível mestre…

         -Eu sei que é impossível, assim são os boatos, depois de lançados a boca do povo é impossível de consertar.

         *J.L.BORGES

O HEDONISTA

        
         “O HEDONISTA”

         Estou neste momento em transe levitando sobre os  montes Apalaches e refletindo sobre este tão profundo tema:SER OU NÃO SER CRISTÃO.
         Os indios Apaches não o eram, os Incas, Astecas, Maias, Guaranis tambem não, praticamente toda a antiguidade A.C não o era, uma grande gama do povo oriental não o são.
         O que acontecerá a todas estas incautas almas no juizo final (dizem que vai ter juizo final, temo pelo meu coração sem juizo).
         Voltando a tão delicado e complexo tema, O que
acontecerá aos nãos Cristãos, será que o inferno e o eterno ranger de dentes nas trevas do hadem os aguarda enquanto que os abençoados Cristão gozarão do nirvana supremo nos jardins do edem?
         Estou agora sentado comodamente  sobre algumas pedras milerares no místico montes Apalaches fazendo esta doidivana reflexão; enguanto sorvo  sem pressa, preciosos goles de Johnnie walker blue label e tragando um legitimo charuto cubano.
         Quem de mim discordar pode atirar a primeira pedra...

JORGE LUIS BORGES

O CAUSO DO CARTÃO MUSICAL


“O CAUSO DO CARTÃO MUSICAL”

                   O rapaz chega em uma pequena banca de revistas, conta seu minguado salário recebido á pouco e decide comprar uma lembrancinha a sua amada esposa, afinal; neste dia é aniversário de casamento, assim ele acaba comprando um cartão musical retratando a cena de dois jovens apaixonados; parece pouca coisa, mas para ele era um certo sacrifício, tantas conta a pagar, porem sua esposa merecia esta singela lembrança.

                   Enquanto isso Maria Isabel, não muito longe dali vai fazer sua caminhada costumeira de final de tarde, no parque Sintra-Cascais que é perto de sua casa. O calor estava sufocante aquela hora, mas com certeza as margens do parque estaria como sempre refrescante.

                   Maria Isabel caminha cerca de uma hora pelo parque, esta quase escurecendo, resolve então encerrar sua caminhada e voltar para casa ,seu marido logo retornará do trabalho em Lisboa; ao passar em uma estradinha as margens do parque vê uma carteira caída perto de  uns arbustos , ela a recolhe , coloca em sua bolsa e prossegue seu retorno a casa .

                   Apos caminhar algumas quadras ela chega ao velho e aconchegante restaurante “Culto de tasca” e como jà é conhecida no estabelecimento é prontamente atendida ,pede uma  água mineral ao qual bebe sofregamente ,sua sede ainda era grande devido ao calor daquele dia . Ao pagar o seu pedido ,toca acidentalmente em sua bolsa e eis que uma linda melodia começa a entoar como por encanto da sua bolsa .

                   Um jovem rapaz ao ouvir a melodia aproxima-se de  Maria Isabel e lhe pergunta timidamente se por acaso ela não teria achado uma carteira preta, de couro; e descreve o cartão contido no seu interior ,além da foto de sua esposa e filhinho entre o seu minguado salário semanal.

                   E para a felicidade do jovem homem, a mulher com um meigo sorriso alcança-lhe seus pertences outrora perdido, uma lágrima de agradecimentos aflora de seus olhos um poucos ressequidos pelo prematuro sofrimento que a vida lhe impôs.

                   Para a felicidade do jovem mancebo a honrada mulher ao tocar na carteira aciona o cartão musical que ele comprou a sua esposa, sem medir sacrifícios.

                   MORAL DA HÍSTORIA:

                    “Muitas vezes aquilo que julgamos ser nosso suor e lágrima, nada mais é que nossa futura recompensa”

                   Notem bem , se o rapaz não tivesse feito aquele gesto de agrado a esposa ,com toda a certeza jamais encontraria seus pertences perdidos naquela quente tarde de verão.

                   *J.L.BORGES

       

                   

O SONHO DA LAGARTIXA

       
           O SONHO DA LAGARTINHA

         Era uma vez uma lagartinha que sonhava em ser dragão.

         Sempre que ela via o grilinho, seu amiguinho, a ele falava o seu sonho um tanto maluquinho, ele pacientemente a ouvia, porem nada falava sobre este dantesco sonho da lagartinha.

         A sonhadora lagartinha, logo que clareava o dia, saia de seu casulo e ia para seu galho predileto, onde tinha verdejantes e apetitosas folhas e lá fazendo sua refeição matinal, ficava a olhar o céu azul com suas brancas nuvens e milhares de pássaros a revoarem sobre a floresta, e enquanto saboreava sua apetitosa refeição, suspirava seus desejos mais intimos.

         Certa tarde a lagartinha sentiu uma enorme angustia, uma aflição sei lá o porque em seu coraçãozinho e recolhe-se mais cedo a seu casulo, para o espanto de seu preocupado amiguinho.

         Lá ficou ela enclausurada por vários e vários dias, até que certo tempo depois eis que surge à porta do casulo uma exuberante borboleta multicolorida, era a lagartinha que; para o espanto e alegria de seu amiguinho , como num passe de mágica transformou-se numa magnífica borboleta.

         E assim, num ruflar de asas, a feliz borboleta joga-se de corpo e alma ao céu azul em busca de belas flores no jardim da encantada floresta, que ela somente via em seus sonhos.

         Moral da história: Nem tudo que sonhamos é realizado de acordo com nossos planos, mas o realizável deve ser aceito com alegria.

         *J.L.BORGES.

AS DUAS FACES

          AS DUAS FACES

         O ser humano tem duas faces, dois lados tal qual Dr.Jackel.

          Um em harmonia com a natureza e o outro lado no total descaso com a natureza.

         Qual dos dois vencera?

Acredito que os dois lados perderão sempre, temos que  mudar a nossa coinciencia, temos que nos concientizar que o homem jamais acabará com o planeta terra, mas a terra é que acabará por extinguir a raça humana por "mea culpa"

*J.L.BORGES

Jorge Luis Borges Rodrigues

A DESCOBERTA DA MORTE


“A DESCOBERTA DA MORTE”

              Deus, num milionésimo de segundos criou p Big Bang, com esta inflação cósmica surgiu o universo em velocíssima expansão, nele foram nascendo as estrelas, consequentemente os planetas, enfim; toda a gama de corpos celestes.

              Neste caos organizado foram selecionados elementos para o surgimento da vida, e a terra foi um dos corpos celestes contemplados para este evento, após alguns milhares de anos, a vida foi semeada no planeta terra, tanto nas profundezas como em sua superfície, e nesta evolução, surgiu assim o homem.

              Existe um fato complexo nesta criação que Deus pôs sobre a terra, o homo sapiens, devido a sua evolução este primata foi adquirindo uma complexa inteligência, diferenciada de outros animais, e ao chegar ao que pensa ser o seu ápice, ele achou-se no direito de pensar ser igual a Deus, porem este conhecimento abriu-lhe os olhos e ele descobriu que não é imortal.

              ...E foi assim que o homem descobriu a morte.

              *J.L.BORGES

FALSOS VALORES DA SOCIEDADE

      
         FALSOS VALORES DA SOCIEDADE

  

         São tantos os falsos valores que pessoas corrompidas dão a tantas coisas efemeras, que é difícil enumerá-los, um cão de raça sei lá qual,  um gato persa ou angorá, cavalos arabes, carros importados, quadros e outras tantas tralhas,tendo elas mais valor que uma vida humana.

         Isso não me surpreende pois e o capitalismo selvagem ou alguem tem duvida disso; eu ainda acredito no social, e vejam bem,o social humano, jamais socialismo maquiado ou o comunismo e muito menos facismo; isso é coisa para politico com sede de poder, humanista pensa no ser humano.

         As pessoas mal intensionadas e gananciosas deturpam tudo, é por isso que o mundo está assim, tolos detentores do poder monetário chegam a comprar um quadro picoteado por milhares de euros, enquanto um singelo pintor de rua não consegue vender sua obra por alguns pilas, ou um proprio poeta não tira dos seus versos nem dinheiro para uma simples refeição.

         isso não é só no Brasil, este cancer esta espalhado pelos quatro cantos da terra, poder e ter, poder é obter a qualquer custo, o ter vale mais que o ser em todas as concepções da palavra,mas eu ainda tenho algo comigo que é minha riqueza; a minha integridade moral e minhas amizades, embora cada vez mais escassa, dinheiro algun vale estas minhas duas riquezas."
         São tantas as coisas que me revoltam nesta sociedade medíocre, e nada posso fazer, então escrevo meus versos….

         *J.L.BORGES

A GAROTA DO BLUZÃO AZUL

       
        “A GAROTA DO BLUZÃO LILÁS”

         O homem apressado caminha na avenida úmida e cinzenta, envolto em pensamentos , ela divaga acontecimentos efêmeros naquela Borges efervecente e nua.

         Era uma tarde relativamente fria e o sol de Agosto vez por outra saia de tráz das nuvens carrancudas e dava uma leve espiada naquela gente que caminhava na avenida tal qual formiga, pessoas que andavam apressadas que nem o homem solitário naquela avenida cinzenta.

         Enquando o homem caminha, aliás: flutua na longa rua cinzenta e fria, seus pensamentos o levam a im porto mais alegre do que o de agora, pois embora o nome seja sugestivo, ultimamente é um porto nada alegre, sei lá se tem algum porto, pois nem rua da praia esta cidade tem.pensa o homem que é interrompido de seus devameios por uma voz juvenil:

         -Moço espere, o senhor perdeu este papel, fala a garota ofegante ao homem que caminhava apressado e pensativo na avenida umida e cinzenta de uma cidade antes nada alegre que nem rua da praia antes possuia, pois num milionésimo de segundos torna-se um porto mais alegre com uma sereia a enfeitar suas ruas.

         Os olhares se cruzam, se chocam,originando-se daquele choque casual uma esplosão nuclear; ele chega até a ficar tonto com  a beleza estonteante da garota.

         -Obrigado moça, fala o homem nada moço que ainda se refaz daquele impacto estonteante; ainda bem que você achou, é um endereço muito importante para mim.

         O homem a olha novamente, agora já refeito do choque inicial, fica pensativo e questiona à seus botões: qual será a idade da menina, 17, 18 anos? Com certeza não passa de 20 anos.

         Seus olhar ainda sonhador fotografa a imagem angelical daquela garota, corpo miúdo e esguio, mais parece uma gazela a levitar em verdes pradarias, cabelos lisos e compridos a dançarem ao vento, embora uma toca a lhe proteger do frio, lábios ligeiramente carnudos e vermelhos, ele os imagina uma apetitosa maçã e aquele olhar cor da noite sem luar a refletir em dua pecadora inocencia a imagem daquele homem solitário e sonhador, nela tudo exalava inocéncia. Era simplesmente um quadro de Van Gog.

         Ela sorri ao homem pensativo, ele lhe retribui com um sorriso que mais parecia um pedido de socorro pelo tempo que inexoravelmente passou. Ela diz estar ofegante pois correu para alcança-lo, suas sacolas pareciam pesadas.

         O homem pensou em oferecer uma carona, tentou falar, mas balbuciou apenas um “ muito obrigado” que em troca a menina lhe retribui suavemente um “de nada” numa voz que mais parecia um coral de arcanjos.

         Seu meigo olhar tocou ternamente no fundo da alma do homem, ela o olha profundamente como se fosse um últiml olhar ao homem (e foi), e atravessa com passos de chumbo a rua perdendo-se na multidão, ele vê ao longe a silueta daquela garota de bluzão lilás…

                   *J.L.BORGES

       

O BOTO E A DONZELA

        
         “O BOTO E A DONZELA”

         ...Era uma menina recatada até demais, sempre caminhando cabisbaixa, pisando em ovos, nunca alguem a viu com namorado, e eis que aparece gravida, para o deleite dos moradores do vilarejo.

         -Como pode isso acontecer...fala dona Cristina.

         -Simples,responde seu Alfredo;foi o boto quem fez mal a garota.

         -Como assim boto?ela só sai de casa com os pais, nunca lavou roupa em riacho algum,e aqui perto nem riacho temos…

         -Mas temos maquina de lavar roups, acredito que o boto veio pela tubulação de agua e pego a coitada de jeito…

         J.L.BORGES

       

O ANIVERSARIO DA ONÇA

         
              “O ANIVERSÁRIO DA ONÇA”

    A onça para comemorar seu aniversário, resolve fazer uma festa na floresta e convida alguns animais.

    A galinhola deu o melhor de seus ovos;

    A cabra deu o melhor de seu leite;

    A abelha, o melhor de seu mel;

    E a cobra, o melhor de seu veneno.

    “Moral da história”

    Na vida, cada um dá o que tem de melhor

                      *J.L.BORGES

QUANDO EU PARTIR

   
               QUANDO EU PARTIR

         Quando eu partir, gostaria que fosse como eu nasci, quero apenas um pano cobrindo minha nudez, pois sou meio envergonhado. A cor do pano não importa, eu não estarei vendo.

         Não quero que chorem quando eu partir, lágrimas me deixam triste e acabo chorando tambem.

         Sugiro uma música de fundo para alegrar o ambiente, quando eu partir; náo importa o gênero musical, mas por favor, me poupem; detesto funk ou pancadão.

         Quando eu partir quero boas risadas, mas não riam de mim, eu sou sensivel, e se de mim rirem eu poderei ficar magoado.

         Se quizerem podem brindar este evento que estarão participando, evento este que com certeza não terei tempo de os convidar, apenas uma pequena observação:

Não é chik brindes com cachaças e similares, nada contra, porem chik e brindes com vinhos e champagne.

         Este negocio de velas não é minha praia, alem de ser ecológicamente incorreto pode acontecer uma tragédia que nem naquela história do Mixaria “ Tragédias no sitio” e eu detestaria partir feito churrasco mal passado.

         Quando eu partir não façam feriado, isso e mais uma desculpa para faltarem o serviço, continuem vossas vidas como se nada de extraordinário tivesse acontecido, conformem-se e vão se acostumando, vocês tambem partirão…

         *J.L.BORGES

PRÁ FRENTE BRASIL


“PRA FRENTE BRASIL!”

         Lembro-me quando menino, eu e milhões de meninos queríamos ser igual Pelé e ir pra copa.

         Também lembro-me de manchetes de garrafais falando do homem na lua(

Armstrong, Collins e Aldrim); manchetes essas que logo são sufocadas pelas ingênuas frases governamentais de “Ame o ou deixe o”, ‘O petróleo é nosso”, entre tantos slogam, além das propagandas em televisores preto e branco, falando em ver as feras do João; saiu João e em seu lugar Zagalo, e a seleção foi lá na terra do Maias e malhou a Itália por 4 X 1, grandes feras; Pelé, Tostão, Clodoaldo, Jairzinho< Everaldo; 21 feras e 80 milhões de corações apaixonados em ação.

         (... ... ... ... ... ... ... ... ... )

         Agora temos o Neymar e seu cabelo loiro oxigenado, caindo e derramando lágrimas de crocodilo, temos o Gabriel Jesus, que de Jesus não tem nada, enfim, 11 feras de papel, e milhões de garotos sonhando em serem iguais a eles, e vejam bem , não pensando em irem pra copa, mas sim pra Europa, no intuito de imitarem os 11 tigres de papel, frívolos e milionários correndo atrás de uma bola requintada, de couro sintético; enquanto que 220 milhões de sonhadores, a grande maioria miseráveis, ficam assistindo em tvs a cores estas feras de papel, que correm tresloucadamente em campo, tentando apagar o 7 a 1.

         Pra frente Brasil, salve a seleção.

         *J.L.BORGES


RESUMO DE UM FIM


RESUMO DE UM FIM

             De repente o desentendimento, fugaz desavença, discussão fútil no bar, por nada talvez. Os dois vão para a rua.

             Um descuido, uma tola falta de atenção, e a lamina do punhal brilha ao sol, eu ultimo sol de primavera, rasga o ar, e num baque molhado entra em seu peito.

             Seu olhar esbugalhado e surpreso, quase não acreditando, vê o corpo titubeante a cair.

             Num relance como uma explosão nuclear ele vê sua vida passar num segundo, igual uma montanha russa, bólida e ensandecida, naquela mente dilacerada.

             Pobre homem!

             Naquela explosão, naquele relâmpago ofuscante ele vê como em filmes mudos que lembram Charles Chaplim, a sua tênue infância, o primeiro brinquedo, a primeira travessura, isenta de maldade.

             Os momentos fugazes da infância, a boa professora,  primeiro amor talvez, momentos lindos, mas que passaram tão depressa parecendo fins de semana, querendo fugir das segundas feiras.

             A Rosinha da esquina, amor furtado e temeroso, que o tornou homem, naquela adolescência quase sem pecado.

             A primeira namorada verdadeira, onde ele acalentava sonhos e futuros, mas que o exercito a tirou, um pouco antes dele dar baixa.

             O final do colégio que ele cursou e concluiu com muito custo, seu primeiro emprego, seus amigos, a partida de casa, de sua cidade natal.

             Perdido na capital, assustado e deslumbrado, novos planos; outros amigos, outros empregos, a saudade do interior, e a volta para casa, um naquinho da família lhe esperando, sua vozinha, a vozinha da rosinha, e os amigos da sua rua.

             De repente numa noite suja o imponderável, o prazer, o gozo proibido, e a volta a cidade grande. A rotina desta vida aborrecida, e tudo de novo num girar de um doido carrossel, sem sair do mesmo lugar.

             Tempo depois a volta ao interior, o ponderável do gozo do passado, e os muros crescem como selva alucinante, outro caminho, novos companheiros, amigos do infortúnio, tantas historias e estórias também.o tempo passa e o sol entra em sua porta,cansada e fechada, cansada de esperar.

             A volta par a capital, pensões baratas, trabalhos mal pagos, escola de novo, novas namoradas, mulheres da vida.

             De repente o diamante que ele tanto procurava, garimpava; a fortuna dos esforços semeados, e o sol de novos tempos lhe sorri e entra em sua janela entre aberta, motos, carros, um bom emprego no banco mercantil, e mulheres da vida.

             Nova namorada, agora é pra valer.

             Casamento marcado, grande festa no clube dos bancários, viagem de lua de mel, lugar escolhido, Floripa e suas belas praias.

             A volta para seu feliz cotidiano, casa nova, moveis novos, carro novo, e o bom emprego no banco mercantil.

             Um dia a fatalidade, seu carro importado, os freios falham, e a batida na lateral do coletivo, a volta ansiada para casa só meses depois.

             O baque do carro, ferragem lhe prendendo, ossos dilacerados, cirurgias, internação, hospital, e a recuperação lenta, a volta para casa, sua mulher sempre a lhe esperar. E o tempo passando... Passando... Passando...

             A mulher grávida, o filhinho nascendo, um amor de criança apesar do berreiro nas noites, musica aos ouvidos do pai coruja.

             Uma dose de wiski apenas, outra dose de novo, a mulher reclamando.

             No começo uma hora no clube, depois duas horas, ou três; aquela loira lhe servindo a bebida, lhe servindo tão bem, e o começo, eterno começo enquanto durou.

             No inicio apenas divergências, diferenças, nada mais, depois o ciúme, o cheiro de perfume na camisa daquele que jurava ser fiel, mas a descoberta, a mancha de batom e as brigas prosseguindo, seguindo... Seguindo mais e mais.

             O homem larga da amante, não vai mais ao clube, jura ser fiel eternamente, mas ela lhe cobrando, lhe culpando, lhe perturbando, lhe lembrando do deslize que um dia ele cometeu, um zum zum continuo em seus ouvidos.

             18:00 em ponto, chega cansado do trabalho, e ela naquela rotineira guerra, guerra interminável, o homem abre a porta, caminha desnorteado e sem rumo naquela rua efervescente.

             Olha na esquina o velho bar, nunca tinha entrado lá, caminha a seu encontro, abre a porta, entra no bar, um jogo de sinuca por cerveja, a tacada derradeira deste homem, a bola preta sucumbindo na caçapa, o outro não concordando, não querendo lhe pagar a cerveja, começa a discussão; e o convite para a rua.

             Um descuido, uma tola falta de atenção, e a lamina do punhal brilha ao sol, seu ultimo sol de primavera; a lamina rasga o ar, e num baque seco perfura seu peito

             Seu olhar esbugalhado e surpreso, quase não acreditando, vê o corpo titubeante cair.

             Os olhos perdem o brilho, tudo fica escuro a seu redor, até as vozes das pessoas surpresas e atônitas, o sol de primavera escurece, o cheiro das flores perdem seu odor, os pássaros emudecem.

             SUZI, ESTOU MORRENDO….

*J.L.BORGES

                                                                                                               

                                                                                                                          

                                                                                                                                        



           

        

JOGOS MORTAIS

      
         “JOGOS MORTAIS”

         O ser humano sempre necessitou de algo para alimentar em seu eu interior, aquela fera iracional que dorme lá na caverna obscura de sua mente.

         Aqui nas Américas tivemos os Incas, Astecas e Maias sacrificando crianças e virgens em rituais dantescos.

         Em Roma os gladiadores, as corridas de bigas e as cricificações.Em Atenas e Esparta os jogos olimpicos.

         No mar do norte a saga de conquistas regadas a sangue imposta pelos wikings.

         No império Egipcio e Assirio os sacrificios humanos e intermináveis batalhas campais, e na pré-história talves combates sangrentos tendo como armas, paus e pedras ,ou o que estivesse mais proximo possível do homem de Neandertal e seus assemelhados.

         Agora a pouco no apogéu cientifico e cultural, duas grandes guerras, seguidas por infindáveis conflitos menores.

         Sempre foi assim, aquela necessidade de alimentar a fera que há dentro de nós.

         Hoje para aplacar a sede sanguinária,temos futebol, automobilismo, volei, basquete; etc e tal, amanhã? não sei.

         *J.L.BORGES

DEUS,UM MENINO BRINCALHÃO

“DEUS, UM MENINO BRINCALHÃO”

Hoje ao ver um documentário comecei a pensar...pensar; me veio esta triste
constatação.
A física quântica faz o ser humano questionar, duvidar daquela existência de Deus
pregada em livros,isso se não acabar negando sua existência; ou quem sabe passar pela
cabeça de alguns que Deus é um menino brincalhão, soprando bolhas de sabão cósmico
que
ao se formarem não sejam que tal,universos paralelos expandindo-se ...expandido até’ ploft!
voltar a estaca zero;e nó seres humanos não sejamos apenas ilusão; ou criaturas múltipla
em milhões de universos paralelos.
“A casa de meu pai tem muitas moradas” que sentido tem esta célebre frase de
Jesus,pelo prisma espiritual da pra se pensar muito, quem sabe até se encaixe na física
quântica, mas com certeza não nos leva as portas do paraíso.
Realmente, a física quântica é um perigo a nossa mente, nos tornando pessoas
dementes de espírito se achando expert em assuntos que fogem da nossa imaginação e
vão acabar nas raias da loucura científica.

*J.L.BORGES
GUAÍBA, 2018

DEUS CIENTÍFICO

              DEUS CIENTÍFICO

         A crença num ser superior anda em falta ultimamente,quem sabe pela brusca evoluçáo do ser humano nos últimos séculos.

         Aquela crença pregada nos primordios de nossa civilização, uma mescla de ternura, amor e ódio, deu lugar aos conceitos teóricos da ciencia irredutivel e nada romantica,onde a razão está tomando o lugar da emoção,isso é bom? Não sei, só o tempo sabe a resposta.

          A própria filosofia esta sendo estrangulada pela ciencia nua e crua;até aquela célebre fraze “ Ser ou não ser, eis a questão”, foi trocada bruscamente pela sutil fraze:”Ter ou não ter,eis a razão”; a onde isso tudo nos levará ?

          Nossos corações estão se transformando em pedra, embora seja uma pedra, que antes bruta,agora é lapidada e brilhante, é apenas pedra; aquele coração suave, onde a presença de Deus era facilmente aceitavel esta dando lugar ao coraçáo tecnológico e artificial onde o Deus tecnologia o está trasformando em pedra.

         A crença no ser superior anda realmente em falta, e o Deus científico está tomando seu lugar

*J.L.BORGES

COISAS DO BRASIL


“COISAS DO BRASIL”

              ...o Brasil realmente não é um pais serio, a ministra do trabalho sugerida pelo honorável presidente brasileiro, foi processada por não pagar direitos trabalhista a funcionários seus, o chefe do departamento de transito de Minas Gerais, escolhido pelo governador daquele estado, é campeão em infrações de transito, carteira cassa...

              Estes são alguns exemplos que vem do alto, direitos humanos para assassinos e não para humanos direitos, ministério da cultura num pais sem cultura alguma, onde 1 em cada dez brasileiro mas sabe escrever um bilhete, onde 1 em cada dez brasileiro lê algo mas nada entende, (quando lê algo),bolsa família para pessoas com carro na garagem, etc,etc.

              O Brasil realmente não é um pais sério...

*J.L.BORGES

GUAÍBA.2018