EU NÃO VOTEI PRA PRESIDENTE
Tanto tédio no meu ar,
Que eu mal consigo sobreviver;
Tudo é triste neste lugar,
Que vale a pena sofrer.
Pobre povo, tolo e descente,
Bêbado e sem ambição;
Vivendo uma vida incoerente,
Sem anseios e sem visão.
Que pais é este, povo oprimido?
É comunismo ou capital?
Não sei dizer o se o infinitivo,
É o começo do funeral.
Tolo o que crê no presidente,
Pseudo civil, um general;
Marca de carie num podre dente,
Um homem serio, débil mental.
E o pais segue nesta jornada,
Marca registrada, made in Brasil;
Segue um futuro sem madrugada,
Noite é o começo do ano dois mil.
*J.L.BORGES
1988
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