CAMINHOS PARA O NADA
As vezes esta vida parece,
Um arisco menino;
Que na busca constante se esquece
Do seu companheiro destino.
Destino, este velho caduco,
Na vida da gente
Um velho matreiro e maluco,
Um ser indecente.
Um ser que apesar dos defeitos,
Parece amigo;
Que dita o errado e o direito,
O presente e o antigo.
E o futuro segue incoerente,
Na busca do nada;
A morte espreita paciente,
Na encruzilhada.
*J.L.BORGES
1988
Nenhum comentário:
Postar um comentário