domingo, 31 de dezembro de 2017

CAMINHOS PARA O NADA

CAMINHOS PARA O NADA

As vezes esta vida parece,

Um arisco menino;

Que na busca constante se esquece

Do seu companheiro destino.

Destino, este velho caduco,

Na vida da gente

Um velho matreiro e maluco,

Um ser indecente.

Um ser que apesar dos defeitos,

Parece amigo;

Que dita o errado e o direito,

O presente e o antigo.

E o futuro segue incoerente,

Na busca do nada;

A morte espreita paciente,

Na encruzilhada.

 *J.L.BORGES
1988

Nenhum comentário:

Postar um comentário