OS LOUCOS
Todos os que dissemos serem loucos,
São mais sãos de mente,
Do que nós que nos intitulados sãos,
Com toda a certeza;
E os que se fazem certo,
Estes mentem;
Pois este loucos são,
Enquanto os sãos são os loucos.
Eu vivo assim esta doce loucura,
Que atravessa meu dia a dia
Em ritmo de aventura,
Ou de ternura talves;
É ela que me faz viver
Ao evidenciar este dia a dia,
E assim eu pincelo esta alegria
Sem a pressa de morrer, só de viver…
*Jorge Luis Borges
Guaiba…01/2024
MORGANA
Eu sou um anjo caído,
Que a tudo e a todos profana,
Sou praga ,trovão, perigo,
Distante de ti Morgana.
Não basta o amor eterno,
Se está distância reclama;
Me sinto um louco no inferno,
Se não te tenho Morgana.
Tu chegou como semente,
Rasgando está fria terra,
De meu coração serpente.
E num tempo de dor insana,
Me transformei nesta fera,
De amor por ti, oh Morgana.
*Jorge Luis Borges
Guaiba…02/2024
O AMOR É IMORTAL
Quando estou a teu lado,
Eu viajo no espaço,
Do teu corpo em compaço,
Este espaço tão lindo;
Onde o amor é infinito,
Quando beijo tua boca,
Esta forma tão louca,
E este teu labirinto,
Onde o amor e imortal;
Ele sempre me acende,
E também me transcende,
Quando em mim eu te sinto.
Nele sempre me perco,
Pra depois me encontrar,
Não me canso de te amar;
Isso eu sei minha querida,
E minha vida é tua vida,
Eu serei sempre teu.
Não importa que o tempo,
Passe Junto com a gente,
Está semente irá sempre nascer,
E florir com certeza;
Pois a chama acesa,
É este amor todo meu.
*Jorge Luis Borges
Guaiba…02/2024
A IGREJA SOMOS NÓS
Eu não acredito mais em religiões,
Em igreja pregando ao bel prazer,
Não creio mais meu bom irmão,
Eu creio em meu templo interior,
Se ele pregar o amor é a paz
Estas fúteis crenças já me levaram,
A loucura ao desespero surreal;
Parei, refleti, e enfim constatei,
Que o meu coração , ele é o templo
Que prega em mim o bem e o mal.
Só depende de mim apenas,
Ser o portador da boa nova do Senhor;
Dispenso as igrejas e religiões,
Eu sim; eu posso ser o mensageiro,
Da paz, da fraternidade, e do amor.
Deixem eu escolher a minha crença,
Eu sei que minha fé é laica,
Não necessita da presença de religiões,
Dizendo ser a tábua da minha salvação;
Eu quero viver de obras e não de ilusões.
*Jorge Luis Borges
Guaiba…13/02/2024
NORMAS DO BOM CONVIVER
Nunca morda a mão que te alimenta,
E não seja que nem o porco que virá o cocho onde come;
Não aja como o cachorro que morde seu próprio rabo,
E nem como o gato que arranha seu protetor.
Se alguém te der um ovo não retribua com uma cobra,
Se alguém te der um pão não retribua com uma pedra;
Em troca da boa água não retribua com veneno,
Em troca do bom arroz não retribua com terra.
Muito menos o beijo com o escarro,
Ou o abraço com uma bofetada;
Devemos sempre retribuir o bem com o bem,
Que teremos vida longa.
Está é a razão do bom conviver,
Está é a razão do viver bem,
Com a gentileza gerando gentileza,
Nossa vida será de vitórias.
Jorge Luis Borges NORMAS DO BOM CONVIVER
Nunca morda a mão que te alimenta,
E não seja que nem o porco que virá o cocho onde come;
Não aja como o cachorro que morde seu próprio rabo,
E nem como o gato que arranha seu protetor.
Se alguém te der um ovo não retribua com uma cobra,
Se alguém te der um pão não retribua com uma pedra;
Em troca da boa água não retribua com veneno,
Em troca do bom arroz não retribua com terra.
Muito menos o beijo com o escarro,
Ou o abraço com uma bofetada;
Devemos sempre retribuir o bem com o bem,
Que teremos vida longa.
Está é a razão do bom conviver,
Está é a razão do viver bem,
Com a gentileza gerando gentileza,
Nossa vida será de vitórias.
Guaiba…02/2024
O BOM GOVERNANTE
A ignorância é tão surpreendente quanto a inteligência.
Tanto um como outro quando toma as rédeas do poder pode se tornar um homem perigoso caso não os acompanhe em sua governança a mansidão,a benevolência e a prudência.
Temos muitos exemplos na história da humanidade.
Muitas guerras e genocídios foram obras destas criaturas, ou muito inteligentes ou desprovidas de inteligência.
Não podemos confundir conhecimento com inteligência e nem teimosia suprema com ignorância.
Aquele que se acha conhecedor de tudo e de todos com certeza é um grande tolo;um homem perigoso ao governar.
O bom governante è aquele que age com mansidão, benevolência, prudência e despido da ganância do poder ao tomar as rédeas da governança.
*J.L.BORGES
02/2024
O ALOJAMENTO NA CATÃO ROXO
Creio que foi por Julho de 1978.
Recordo-me como se fosse hoje, cheguei naquele alojamento na Catão Roxo de mala e cuia, alias; acho que só com uma mala nesmo, não posso chamar de pensão pois eram várias peças anexadas nos fundos da residência do senhorio que alugava a varios rapazes como eu, desprovidos de regular situação financeira.
Não tenho boas recordações, pois minha ida para lá foi devido a um desentendimento familiar oque era corriqueiro infelizmente.
O alojamento onde morei era um cubículo como outros tantos ali anexados, acho que 3 por 3 onde moravam quatro rapazes sem grana , mas com muita esperança ,eram todos oriundos de Camaquã; eu, o Nando, o João, e o Júlio,e as vezes o Joaquim que por lá aparecia.
E mole morar tantos num.
E ainda para azarar tinha um louquinho filho dos donos da pensão que ficava no pátio nos vigiando para não levarmos mulher naquele cubículo 3 X 3.
Lá moravam dois irmão catarinenses que trabalhavam no Zivi Hércules, cada um tinha um radinho de pilha e uma Monák,os dois viviam brigando, um não querendo ir ao mercado, muito menos o outro e daí um dizia ao outro “Zé, vai na venda Zé”, e outro retrucava, “eu não, vai tu”.
Bons tempos estes,
embora as vezes não me traga boas recordações.
*Jorge Luis Borges
Guaiba…01/2024
A PENSÃO DA PINTO BANDEIRA
Em 1977, no final de Outubro eu cheguei a Porto Alegre,vindo do interior, precisamente da cidade de Camaquã; aqui no Sul do Rio Grande do Sul, nunca tinha me aventurado em lugar algum,apenas a uma excursão a praia de Torres em janeiro de1975, e somente a poucas idas a capital,e na praia de Arambaré nos verões.
O lugar mais longe que eu ia quando estava em Camaquã era na praia de Arambaré nos verões uma distância de no máximo 30 km,e agora indo morar na distante Porto Alegre,pensava eu.
Chequei aqui apenas com uma mala com pouquíssimo pertences e muita esperança.
Fiquei pela casa da minha mãe que tinha uma loja de calçados, e após um mês num famigerado emprego, sai do mesmo e em janeiro fui fazer oque fazia em Camaquã, arrumei um emprego de vendedor na H.Theo Möller pertencente ao extinto grupo J.H.Santos.
Fiquei uns tempos na minha mãe,mas não me adaptei a convivência tanto dela como de meu irmão, minha irmã era uma pessoa neutra.
Depois de sair da casa de minha mãe, fiquei uns tempos nacgaleria central onde era a loja e logo depois arrumei uma pensão perto da minha firma,a dona chamava-se Sra Lila, foi ai que começou minha convivência diária com pessoas estranhas,mas pouco ligava,pois ia da pensão ao trabalho e vice versa.
Fins de semana ia a um dos vários cinemas que no centro existiam, as vezes me aventurava a alguma discoteca pois no final dos anos 70 começava a febre de grandes danceterias, e quando me sobrava algum ia no estádio Olímpico.
Assim foi o meu começo na grande cidade,deixando para trás meu pequeno Camaquã, mas regiamente ia nos finais dos meses para lá, visitar minha querida avó que lá tinha deixado e por ainda ter raízes por lá, rever meus amigos.
*Jorge Luis Borges
