SONETO DA INSÔNIA
A mulher que me transcende,
E a mulher que me compreende,
Nesta ânsia de sonhar;
Se são negros os pesadelos,
Negros são os seus cabelos,
Que não canso de afagar.
Na cadencia da procura,
Só consigo achar a cura,
Quando fico a teu lado;
Na insônia deste tédio,
Tu és sempre o meu remédio,
Este sono saciado.
E assim meu cotidiano,
Leva a dor e o desengano,
Para longe do meu mundo;
Na fragrância da tua chama,
Vou flutuar na tua cama,
Neste plasma mais profundo.
*J.L.BORGES
Gravatai.1988
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