segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

FLORES DO ANO NOVO

FLORES DO ANO NOVO

No rasgo da rua,
Nua da cidade,
A noite sugere,
Rompantes de paz.
A onde os instantes,
Recordam mil luas;
Esquias, confusas,
Difusas talvez.

Na esquina da vida,
Luzes aparecem;
São anjos vestidos,
De branco a saudarem,
Uma nova passagem,
Que nasce, e a face,
Dos sonhos futuros,
Devemos plantar.

Regar com carinho,
A terra ano novo;
Virtude do povo,
É ver a semente.
Nascer e esperar,
Que logo, loquinho,
A flor aparece,
Vestida de cores,
Só basta sonhar.
                              
*J.L.BORGES

LEMBRANÇAS


LEMBRANÇAS

Manhãs cinzentas,

Vento que sopra;

Musica que toca,

Em mim.

Dias sem sois,

Sem nada;

Vida esquecida,

Alma cansada.

O viajante,

A assobiar;

Uma canção,

Me fez lembrar.

Da juventude,

Dias de sois;

A bem amada,

Em meus lençóis.

Manhãs azuis,

Vento a embalar;

Meus belos sonhos,

E meu desejo.

Aquele beijo,

Aquele abraço;

A eternidade,

E o pó.

                                 
 *J.L.BORGES

domingo, 30 de dezembro de 2018

CANCION DE LA LHUVIA


CANCIÓN DE LA LLUVIA

Dios mio,

Haz que esta lluvia intrusa,

Deja ese amor en paz,

No me quite la ilusión de amar con pasión.

No hay otro sueño dulce,

Que un amor real,

Danzando la canción de la lluvia,

Con el sonido de su melodía al caer

Deja la lluvia bañarse contigo

Y la frescura de tus lágrimas,

Enjuagar y limpiar mi alma pura.

Alma que te amará con frenesí,

Sin temor a la lluvia dejar de caer;

Alma que será tuya, hasta el amanecer.

* JORGE LUIS BORGES

OCEANO


OCEANO

No pranto de teus olhos,

Eu vejo esta procura;

E me encontro em teu olhar;

Se é doce navegar,

O amor que me enlouquece,

É o amor que faz sonhar.

No azul de teu olhar,

Me torno este menino

Brincado com o destino;

Procuro teus encantos,

No salgado de teus prantos

Sorrisos a mergulhar.

Amor, não chores mais,

Não chores pois te amo,

E quanto tu mais choras,

Percebo que mais te amo,

E explodo neste amor,

A vaga onde me inflamo.

Amor, não chores mais,

Vem cá, eu te espero,

Sou porto e tu meu barco;

Vem leve, pois te amo,

És barco a navegar

Ao longo do oceano.
                                 
*J.L.BORGES
Porto alegre 1996

MENDAJES DE LA NATUREZA

MENSAJES DE LA NATURALEZA

Son días de lluvia en mi corazón,
Anunciando la paz que viene del universo;
En formas de versos, sus rayos y truenos,
Nos da la certeza de la existencia de Dios.

Me integro con la lluvia que cae,
Que deja mi alma lavada y segura;
No somos solos, tiene en el universo,
Mirando hacia nosotros, para nuestro futuro.
                              
* J.L.BORGES

MENDAGEM DA NATUREZA

MENSAGENS DA NATUREZA

São dias de chuva no meu coração,

Anunciando a paz que vem do universo;

Em formas de versos, seus raios e trovoes,

Nos da a certeza da existência de Deus.

Me integro com a chuva que cai,

Que deixa minha alma lavada e segura;

Não somos sozinhos, tem no universo,

Olhando para nós, para nosso futuro.

                                              
*J.L.BORGES

sábado, 29 de dezembro de 2018

SEDUÇÃO


SEDUÇÃO

Um riso inocente,

Um brilho envolvente,

Em teu olhar.

Palavras coerentes,

Suspiros na voz,

A sussurrar

O amor que me envolve,

Talvez absolve,

A sedução.

Te quero comigo,

Eu sou teu abrigo,

Tua paixão.

                                  
*J.L.BORGES

SEDUCCIÓN

SEDUCCIÓN

Una risa inocente,
Un brillo envolvente,
En tu mirada.
Palabras coherentes,
Los suspiros en la voz,
A susurrar

El amor que me envuelve,
Tal vez absuelve,
La seducción.
Te quiero conmigo,
Yo soy tu refugio,
Tu pasión.
                                  
 * J.L.BORGES

SEDUÇÃO


SEDUÇÃO

Um riso inocente,

Um brilho envolvente,

Em teu olhar.

Palavras coerentes,

Suspiros na voz,

A sussurrar

O amor que me envolve,

Talvez absolve,

A sedução.

Te quero comigo,

Eu sou teu abrigo,

Tua paixão.

                                  
*J.L.BORGES

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

IRIS


IRIS

Terna Iris, dulce y hermosa,
Hada de mi mirada;
Es de todas las más bellas,
En este cielo de mi soñar.

Es el sol que calienta,
Me da vida, me da color;
Si la tristeza anochece,
Amanece nuestro amor.

Su voz, pura armonía,
Tal como el niño sonríe,
Su mirada de mil estrellas,
Está en mí a luzir.

Tú eres la esperanza,
Puertas de la felicidad;
La más hermosa de las flores,
En el jardín de la eternidad.

* J.L.BORGES

Homenaje a una gran amiga de Perú

Iris Guardado.

CHUVA INTRUSA

CHUVA INTRUSA

São noites de chuva em meu coração,

Trazendo no sonho a cor da ilusão;

Trazendo a lembrança de dias felizes,

Sem culpa e magoas roendo as raízes.

A chuva lá fora que molha os telhados,

Me trás nesta hora os momentos passados;

De um dia eu feliz correndo nos campos,

De meu coração, sem dor e sem pranto.

A chuva que bate em tantos telhados,

Me nega o presente e renega o passado;

Deixando a tristeza rasgar minha alma,

Molhando a semente que sempre me acalma.

Se quero eu nego que esperei esta chuva,

Molhando meu corpo, minha mente confusa;

Lembrando de amores que a tempos perdi,

Trancados em um cofre que não esqueci.

Porem não esqueço as magoas difusas,

Da alma cansada, instável e intrusa;

Escusa e calada ao alcance do mim,

Igual esta chuva, igual este fim.

                                   
*J.L.BORGES


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

VIDA E ETERNIDADE


“VIDA E ETERNIDADE”

...Como não parei para a vida,

A vida parou para mim;

Trouxe em sua carruagem de luzes,

O destino.

Mas eu não parei ao destino,

Então ele parou para mim;

Trazendo em sua carruagem de fogo,

Minhas duvidas.

Teimei, e não parei a minhas duvidas,

Mas elas pararam para mim;

Trazendo em sua carruagem de sombras.

Meus medos.

...Como não parei a meus medos,

Meus medos pararam pra mim;

Trouxeram em sua carruagem de magoas,

A morte.

Porem não parei para a morte,

Mas ela parou para mim;

E trouxe em sua carruagem de sonhos,

A eternidade.

*J.L.BORGES


quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

MINHA EXCÊNCIA

“MINHA EXCENCIA”

Tu és minha excencia,
És especial em minha vida,
Agradeço tanto a Deus por ter te conhecido;
A luz do teu olhar alimenta a paz querida,
Eu vivo feliz por ser seu amigo.

Pudesse dar-te o mundo, o mundo te daria,
Não fosse dar-te o mundo, dar-te-ia meu sorriso,
Um vinho, joias raras, quem sabe iguarias;
Mil anjos a guardar-te, além do paraíso,
Aquele paraíso que em sonhos visualizo.

É lindo estes meus sonhos, mas pouco posso dar-te,
Além da minha saudade, e ela vale a pena,
Eu sei que vale a pena, pois sinto quando lembro-te
E como somos amigos, eu quero ofertar-te,
Minhas intimas lembranças, também este poema.

*J.L.BORGES

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

LA MEDUSA

LA MEDUSA

La luz que envuelve los sueños,

Es la misma luz de los astros;

Girando en los espacios,

De un corazón vacío.

Semilla y polvo de la vida,

Después de germinar;

Adiós y despedida,

A la hora de partir.

En los corazones de piedra,

La flor del amor no nace;

Ni siquiera la bella cara,

Reluce en alguna sonrisa.

El amor sólo es sincero,

Si está bien allí en el fondo;

De la alma apasionada,

Que no cansa de soñar.

En el espejo,

Tal vez en charcos de agua;

Pasiones, canciones y penas,

Que nunca te escribí.

Y hoy tu esclavo,

Yo soy señor de los vientos;

Fingiendo transformaciones,

Mi corazón en piedra.

Después me pongo polvo,

Con los besos de esta lluvia;

Flotando alem de los montes,

En fin morir en el mar.

* J.L.BORGES

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

SEM CONTROLE

SEM CONTROLE

A cada dia que passa,
Perco o controle de mim,
Estou flutuando num imenso vácuo,
Uma estrada que leva a lugar algum.

Minha vida é uma linha imaginaria,
Entre a realidade a e a fantasia;
Alimento meus sonhos alienados,
Na busca de algo que nunca encontrei.

Podo meus anseios e castro meus desejos,
Com a fuga que faço de mim mesmo;
Nesta ansiedade imensa que invade minha alma,
Temo que a vida seja apenas um sonho.

Tenho medo de acordar,
E encontrar-me em outro mundo;
Em meio de um pesadelo,
Uma realidade pior.
                                         
*J.L.BORGES

domingo, 23 de dezembro de 2018

MARIA BONITA


MARIA BONITA

Teu corpo molhado cheira,
A flor de maracujá;
Tua vos é musica bonita,
Na minha alma  a entoar.

As emoções da Europa
A ti jamais não se  compara;
Teu corpo que me sacia,
É licor, enibrianate avis rara.

Nem mesmo em outro planeta,
Existe beleza assim,
Mulher que meus olhos atenta,
Quando olhas para mim.

Pode vir  todas as tropas,
Do Oiapoque ao chui;
Que eu enfrento sem ter medo,
Só para não me afastar de ti.

Pra ter teu amor,  querida,
Enfrento qualquer policia
Pra ter os carinho dela,
Não temo nem a justiça.

Pra ficar sempre com ela
Não temo exercito ou marinha,
Eu quero ficar com ela,
Sou dela a erva daninha.

Pode vi todos os quarteis,
Todo o batalhão naval;
Toda a força policial,
Que não te deixo, oh! rainha.

A denguice da tua vos,
Sempre é musica bonita;
Mas a maior maravilha,
E este amor que em mim palpita.

Teus lábios de mel, tua boca,
Tem frecor de água pura;
E teu beijo minha ptenda,
Afasta a sede, dá frescura.

Me zango se não te tenho,
Pois o meu amor maneiro;
É bomba pronta a explodir,
Neste meu Brasil inteiro.

Se falam que não te quero,
É história para boi dormir
Nas tua ausência te espero,
Nunca amor eu te trai.

O meu pecado mortal,
Será se pra ti mentir;
Mas falat que não te quero,
E cunvesa para boi dormir.

Se to contigo me acalmo,
Fico meigo igual cabrita;
Assossegado nas relva,
Deste teu corpo bonito.

Teu corpo que me enfeitiça,
É borboleta do campo;
Meus olhar que te cobiça,
Longe de ti, triste pranto

Tua beleza e tão grande,
Que nenhum poeta explica;
Borboleta do meu campo,
Fingindo que me intica.

Sou gaúcho  desassombrado,
Não temo as traições do destino;
Com minha flor do campo a meu lado,
Pareço até um menino.

Eu levo tudo numa boa,
Sem temer a judiação;
Nem demônio eu temo não,
Pois te tenho, minha paixão.

No exercicios do amor,
Não canso de navegar;
Num mar de tanta frescura,
Vontade de saciar

Mato a sede nos teus beijos,
Boca de maracujá;
Rainha dos  meus desejos,
Da terra e também do mar.

Sou forte no meu cansaço,
Afasto qualquer preguiça;
Quando estou neste teus braços,
De formosura e conquista.

As malvadesas do mundo,
Some com tua presença;
Se sou bandido um segundo,
Tua douçura compensa.

Mulher brava que nem demônio,
Mais doce que pão de ló;
Sem teu amor não me acho,
Sem tu eu me sinto só.

Eu posso travar batalha,
Que ninguém vai separar;
O meu zoio do teu trigo,
Minha sombta de marica.

Meu amor sou teu escravo,
Pois tu é s rainha,
Tua paixão é  daninha,
Deusa deste meus encantos.

Mulher que afasta este pranto,
Vem e vamos vadiar;
A lua por  testemunha,
No céu azul a brilhr.

Depois meu coração em festa,
Te fará uma canção;
Pois tu minha doce tesão,E dona do meu coração.
                           
*JORGE LUIS BORGES

RECOMEÇAR

RECOMEÇAR

Tu és leve e delicada,
Minha amada,
És colibri;
Sugando o néctar,
De nosso amor,
Que está aqui.

Tu és colorida,
Minha doce vida,
És arco íris,
Beijando o vento,
E colorindo nosso céu,
Nossos momentos,
De alegria.

És flor singela,
Minha querida,
Em nosso altar,
De mil amores;
És diamante,
Estes brilhantes,
De tantas cores.

Fazes meus sonhos,
Tornar-se vidas,
Realidade;
E neste céu,
De nossos sonhos,
És a eternidade,
Do recomeçar.
                   
*J.L.BORGES

sábado, 22 de dezembro de 2018

VIDAS PARALELAS


VIDAS PARALELAS

Não tem arroz, não tem feijão;

Não tem farinha pra ter o pão.

Carne não tem e não tem leite,

Nem mesmo azeite o pobre tem.

Não tem salada e nem café;

Nem mesmo a fé tem o irmão;

Não tem açúcar e nem tempero,

Pra temperar o coração.

E o povo farto de tanta fome,

Que lhe consome espera o nada;

A vida é fria, a chuva é fina,

A alma geme, tão desgraçada.

Braços cruzados a esperar,

Como um cativo o seu castigo;

Olhar perdido no inimigo,

Que lhe escarra e estende a mão

Pois nasceu pobre e morrerá

Sem religião e sem escola;

Bem como está pois nada muda,

Vive de sobras e de esmolas.

Sem educação a pobre gente,

Não tem conceito, não tem limite;

Somente a vela quase apagada,

De sua crença, gasta semente.


Sem ter estudo e profissão,

Este meu povo tem quase nada,

Falta-lhe o provento e a religião,

Tudo de velho,Nada de novo.

Não tem vontade nem de sonhar,

Não tem anseios e deixa estar

Até o riso ele perdeu

Só dá vontade e de chorar.

Triste num canto o pobre homem,

Lembra a infância e seus amigos;

Que agora não possui mais,

Nem mesmo a paz ficou consigo.

E não tem casa para morar,

Nem mesmo terra para plantar;

Não tem presente, só tem passado,

Nem o futuro é esperado.

Sem ter mais nada vai pra cidade,,

Que lhe estende os braços e lhe devora;

E assim prossegue sem sociedade,

Povo as margens desta cidade.

                *J.L.BORGES


sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

MOMENTOS


MOMENTOS

São momentos,

Momentos apenas

Os meus versos,

Os meus ventos,

A beijar tuas melenas,

Esta pele,

Que salga minha boca,

Esta fera,

Que é o mar da tua boca.

Momentos apenas,

Apenas são momentos,

A canção livre e suave,

Envolta em ventos,

Igual a voz de um rouxinol,

A gorjear em meus ouvidos,

Mil palavras de aconchego,

Solidão... Sonhos... Segredos.

Meus momentos,

Também são os teus momentos,

Onde a raiva e o amor

Acoplam-se em um só corpo;

E assim nos seguiremos,

Retocando a maquiagem,

Desta dor e deste amor neste momento.

                                       
 *J.L.BORGES

PRUEBAS

PRUEBAS

La música de tu voz me envuelve,
Tus brazos son mis tentáculos;
Mi corazón efervescente se disuelve,
En el mar insano de tus obstáculos.

Siento el futuro en mi pecho,
Tu risa mi presente en evidencia;
Tu mirada, tu manera,
Este dolor se transforma en experiencia.

Tu mirada envolvente me hechizado,
Tu cuerpo suave de una geisha;
Me embala en la fragancia y la pereza,
En este deseo intocable y sin queja.

En las Arias escarlatas del verano,
Yo sentí los aromas de tus besos;
Una luz que enciende mi corazón,
E inyectó el perfume del deseo.

Haciendo notar que te estoy amando,
Un amor en esta botella del futuro;
Tu luz en mi pecho está brillando,
Poco a poco me alejo de la oscuridad.
                                      
* J.L.BORGES

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Tempestad

TEMPESTAD

Hada de oro en el bosque azul,
A donde duendes me juegan luces;
Son tantas flores, son tantas cruces,
Ventos tangentes de norte a sur.

Los rayos en la noche rasgan mi alma,
Es tanto azotea que no termina;
Si soy tuyo también eres mía,
Entra en mi vida y lava la calma.

Si soy tu hombre, tu tempestad,
Pasión que invade mi denso mundo;
Te quiero siempre mi tempestad,
Inmaculada y vagabunda.
                         
 * J.LBORGES

NOCHE

NOCHE

Pieza de luna,
Flotando en el aire;
Un olor de sueños,
El dolor a pararse.
La luz temblorosa,
Opaca, amarilla;
La puerta cerrada,
Me alejo de la bella.
Que invade mis sueños,
De ojos abiertos,
Si cierro mis ojos,
Del sueño despierto.
Siento un apretón en el pecho,
Igual perro aullido;
Murmullos y azotes,
Yo triste a llorar.

* J.L.BORGES

EL TOM DE LA EDAD

EL TOM DE LA EDAD

Soy un brillo diferente en tu mirada,
Soy tu yoga, soy la droga que te afila;
Que en las noches de insomnio te ahoga,
Dejará de huir, no regresar.

En la política paralítica el color difuso,
En el voto abierto la sorpresa;
Más un pan que falta en tu mesa,
Más una estrella estampada en esta blusa.

No soy mudo, pero no hablo casi nada,
No soy ciego, pero no veo casi nada;
Soy un niño implorando la educación,
Para no ser en el futuro alma jugada.

¿Quién me diera que este sueño fuera bueno,
Y el futuro fuera un poco diferente;
Yo quiero es ser semilla a esta gente,
Ser canción entonando en varios tonos.
                               
 * J.L.BORGES

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

SOLIDION INTERIOR

SOLIDIÓN INTERIOR

Los destellos de vida,
Iluminan esta noche;
Haciendo las estrellas,
Brille también

Las olas que golpean, rebanan,
Entra en mi pensamiento;
Haciendo el momento,
Ser viento en mí.

Los pájaros que pian,
Y lloran allá afuera;
Anunciando la hora,
De regar el jardín.

La noche insensata,
Me llega avisando;
Que las estrellas espían,
Me hacen ser rey.

Pero dejan la certeza,
Que el faro hoy apaga;
En este momento,
Naufragar el barco.

* J.L.BORGES

VIENTOS UIVANTES

VIENTOS UIVANTES

El viento que aquí sopla,
Me trae en esta nostalgia;
El gusto de la ansiedad,
Que besa mi puerta.

Yo veo detrás de la puerta,
Además de la ventanilla;
Tu risa, esta magia,
El amor que me conforta.

En la inmensidad de los sueños,
En las multitudes de los vientos;
No basta con mis lamentos,
Mi lado tristón.

Hered de la soledad,
Carencia, dolor y aburrimiento;
Yo sé, no tiene remedio,
Que cure esta pasión.
                     
 * J.L.BORGES

CAMPOS DE SONHOS


CAMPOS DE SONHOS

No azul do céu vejo um sol que brilha,

Transformando em ouro minhas fantasias.

Linda a eternidade nestas madrugadas,

Tapetes de sonhos, fada encantada.

Vejo neste rosto mais uma promessa,

No beijo o desejo, e a vida recomeça.

Num barco de sonhos vejo a adorada,

De braços abertos e sonhos estrelados.

Sou pandorga enfim cortejando a lua,

Esguia que vem e em mim flutua.

Nos campos de sonhos te espero sempre,

Tu que és a flor, eu tua semente.

Sou criança aqui, te sonhando sempre,

Sonho teus afagos, estes beijos quentes.

Eu semeio sonhos neste azul do céu,

Onde o sol faceiro os transforma em ouro.

                                          
*J.L.BORGES

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

INFINITO

INFINITO

Por entre entradas y aires,
Por entre fuentes y bosques;
Bajo los lares y las nieves,
Por entre vientos y nubes,
Veo un sol que brilla ligero.

Después de muelles y mares,
Por eso,
Historias de un dios cadente;
En la cara miradas,
Memorias de un dios poniente.
Después del futuro incierto,
Cerca de los dioses en fin,
Veo corriendo al niño,
Veo un sol de esperanza,
Brillando cerca de mí.
                 
* J.L.BORGES

SENORA

SEÑORA

El feo es el lado izquierdo del hermoso,
A donde golpea un corazón fraterno;
Si la paz es este dolor de un largo grito,
No quiero esta paz de amor, no quiero.

El feo se completa con lo hermoso,
En el ardor perenne sin temer al infierno;
Sin frío de colores que nos tras el invierno,
Mostrar el eterno alem del extraño

La risa se completa y la lagrima aflora
En el rostro de Gioconda, amor infiriendo;
A donde hay más hermoso,
Perdido en la placidez de la voz que en mí adorna.

¿Quién diera yo supiera que no olvidé,
En las bigas sin tener guerra tu castigo;
A donde la bella fiera es mi peligro,
Archivos de un gran amor que he sentido

El freno de tus besos mi señora,
En la fragancia de la armonía es mi jardín;
Perdido en la turbulencia del sin fin,
Mujer que mi alma en fin devora.
                                 
* J.L.BORGES

ATRÃS DE LA PUERTA GRIS

ATRÁS DE LA PUERTA GRIS

Detrás de la puerta gris veo un sueño,
Una rosa amarilla para ti;
Un escenario iluminado de estrellas,
Una risa estrellada de ti.

Detrás de la puerta gris veo un río,
Además del río azul veo un campo;
A donde el césped crece y alimenta,
A donde hago versos para ti.

Detrás de la puerta gris veo cometas,
Planetas incontables y el paraíso;
A donde te amar con prisa no es preciso,
A donde somos uno, yo y tú.

Detrás de la puerta gris hay un jardín,
Balsamo mi alma desollada;
Detrás de la puerta gris hay una carretera,
Que me lleva siempre a los brazos de ti.

* J.L.BORGES

LUA MULHER

LUA MULHER

Te vejo nas águas,
Espelhos de magoas;
Te vejo em meus sonhos,
Igual tatuagem.
Refletes nas águas,
Os meus pensamentos,
A todo o momento,
Luar de miragem.

Te vejo nas ruas,
Te vejo em circuitos;
E o teu infinito,
Me lembra o inferno.
A onde teus toques,
São só diplomáticos;
Teus beijos fraternos,
Tua voz, meu agito.

És quase intocável,
Minha lua bonita;
Que o sonho palpita,
Alem de teu céu.
Se quero o sorriso,
Do teu paraíso;
Procuro em outras luas,
Teus favos de mel.

  *J.L.BORGES

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

LAS BORBOLETAS

LAS BORBOLETAS

Con la llegada del otoño,
Melodía impuesta al viento;
A besar tantos jardines,
Las mariposas.

Dedicadas violetas,
En los jardines de tantas plazas;
Rosas frágiles y violentas,
A flotar en el azul del cielo.

Sin tatuajes en los brazos,
Y sin pulseras de plata;
Del espacio juegan pétalos,
Juguetes de eterno bailar.

En la voz difusa de los vientos,
En la voz confusa de las flores;
Serán gnomos o hadas,
Con su orquesta de colores.
           
* J.L.BORGES

EL MAR EN SINTONIA

EL MAR EN SINTONIA

El mar en sintonía,

Es notas de una canción;

Sus ondas, melodías,

La pura inspiración.

En el mar soy hombre libre,

Estrella a iluminar,

Nunca en viejos libros,

Escritos sobre el mar.

A donde sea, mi hogar,

Será siempre este techo;

A donde navegar,

Es el sueño más completo.

* J.L.BORGES

CUANDO ELMAR TOCA MI CUERPO

"CUANDO EL MAR TOCA MI CUERPO"

Cuando se frota en mi cuerpo,

Y lame mi oído;

Me provoca escalofríos,

¿Me incomoda? No me importa.

Cuando toca mi cuerpo,

Sussurrando melodías,

Que sugieren emociones,

Tanta paz y alegría.

Sin pudor, en mi cuerpo,

Él se desliza y me provoca;

Igual serpiente encantada,

Cuando viene y me toca.

* Jorge Luis Borges.

CAMPOS DE SUEÑOS

CAMPOS DE SUEÑOS

En el azul del cielo,
Veo un sol brillando;
Conforme con el oro,
Nuestras fantasías.

Lindo es la eternidad,
En estas madrugadas;
Alfabetos de sueños,
Hadas encantadas.

Veo en tu rostro,
Más una promesa;
En el beso el deseo,
Y la vida comienza.

En un barco de sueños,
Ve la adoración;
De brazos abiertos,
Sonrisa estrellada.

Soy una pandorga,
A coquetear la luna;
Esguia que viene,
Y aquí flota.

En los campos de sueños,
Te espero siempre;
Tú que eres la flor,
Esta mi semilla.

Soy un niño,
Y te sueño siempre;
En la actualidad,
Tus besos calientes.

Yo siento sueños,
En este azul del cielo;
Cuando el sol cara,
Los transforma en oro.
        
* J.L.BORGES

CANTOR UNIVERSAL


CANTOR UNIVERSAL

Concertar o inconcertável.
Além de dificil, é impossibilitavel.

Carpinteiro do universo,
Então não posso ser.

Que tal ser enfermeiro,
Etecétera e tal..?

Mas como curar o incurável?

Alem de impossivel, impossibilitável é…

Quem sabe uma melodia facilite minha fé,

Não cura,náo concerta mas torna-me normal.

Um som do Raulzito até pode contar,

Talves poder cantar sem ser paranormal.

J.L.BORGES

ROSAS DE MAIO


ROSAS DE MAIO

Esculpi um poema,

Em teus lábios querida;

Com a cor de teus beijos,

Com a flor do desejo,

Uma rosa pra mim.

Te roubei mais um beijo,

Rosa púrpura de fogo;

Descobri tatuagens,

De gozo e miragens,

Em tua pele carmim.

Levitei em estrelas,

Percorri o infinito,

De teus olhos bonitos;

E para não mais perde-la,

Transformei-a em flor.

Tenho agora um jardim,

Onde todas as flores,

Tem nas pétalas teu nome;

Com ciúmes e perfumes,

Ofertados a mim.

                     
*J.L.BORGES

domingo, 16 de dezembro de 2018

INGENIEROS DEL UNIVERSO

INGENIEROS DEL UNIVERSO

Adaptarse para evolucionar,

Evolucionar para progresar,

Progresar para proseguir,

Continuar para eternizarse,

Sólo tienes que luchar y querer vencer,

Saber sonreír y querer soñar.

Saber aceptar lo que viene,

Y también contestar las obras equivocadas,

Tener coraje para edificarlas como debe ser,

Porque si el infinito también es mutable,

¿Por qué nosotros tampoco podemos ser?

Y siendo así seremos dioses.

* J.L.BORGES ... 1994

DUENDE EM UM JARDIM


DUENDES NO JARDIM

Já é quase meia noite,

Os cães ladram nesta rua;

Estão uivando pra lua,

Jamais uivando pra mim.

Desta casa ouço um radio,

Um vovô velho e fanhoso;

Trazendo do meu passado,

Um pensamento leproso

Nos vídeo - taipes da vida,

Vejo bolas de um Pelé;

Batendo de pé em pé

Este gol da despedida.

Dou boa noite aos cachorros,

As bruxas, duendes e fadas;

Que levitam em meus tesouros,

De buscas desesperadas

Adeus noite do sem fim,.

Noite de uma vida nua;

Sou duende em um jardim,

Num mar remoto da lua
                              
*J.L.BORGES



sábado, 15 de dezembro de 2018

O CICLO DO AMOR

“O CICLO DO AMOR”

Amar é morrer um pouco,

Morrer um pouco de cada vez,

Morrer para ressuscitar de novo;

E novamente amar,

Para morrer outra vez.

................................

...E assim este ciclo torna-se eterno.

*J.L.BORGES

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

VIENTOS DE INVIERNO

VIENTOS DE INVIERNO

Mis vientos de invierno golpean la puerta,

Trayendo fragmentos del pasado;

¿Serán susurros o gritos? No importa,

Lo que importa es este sol, amigo aislado.

Las voces del pasado llegan en mí,

Trayendo amor, dolor y recuerdo;

El deseo en un beso de carmín,

En alguna boca manchada de lápiz labial.

Amores que el pasado nunca apaga,

Angustias que no cede y no termina;

Hoy soy igual barco que naufraga,

En un pasado sin presente, sólo rutina.

Los vientos de invierno son mi karma,

Congelando lentamente mi razón;

Haciéndome más y más sentir el alma,

Del pasado preso en mi corazón.

* J.LBORGES

LA MUJER QUE PARECE UN CAMPO

LA MUJER QUE PARECE UN CAMPO

Tus ojos parecen lagos,
A donde navego continuamente;
Tus curvas son largas calles,
A donde derrapo siempre.

Es ninfa en el paisaje,
Regando mi semilla;
Tus besos son tatuajes,
De demonios y serpientes.

Tus senos parecen montes,
En la tierra de la leche y la miel;
Su lengua parece fuentes,
Jorando aguas en el cielo.

Tus cabellos parecen pétalos,
De rosas bailando al viento;
Si tu amor es todo,
Oh! Musa de mis momentos.

Tu cuerpo en fin parece campos,
A donde puedo flotar;

Si pégazo soy no me importa,
Me importa es saber amarte.
💎
* J.L.BORGES

AQUELA MULHER QUE PARECE UM CAMPO

AQUELA MULHER QUE PARECE UM CAMPO

Teus olhos parecem lagos,

A onde navego continuamente;

Tuas curvas são longas ruas,

A onde derrapo sempre.

Es ninfa na paisagem,

Regando minha semente;

Teus beijos são tatuagens,

De demônios e serpentes.

Teus seios parecem montes,

Na terra do leite e mel;

Tua língua parece fontes,

Jorrando águas no céu.

Teus cabelos parecem pétalas,

De rosas dançando ao vento;

Se sou teu amor sou tudo,

Oh! Musa de meus momentos.

Teu corpo enfim parece campos,

A onde fico a flutuar;

Se pégazo sou não importa,

Me importa é saber te amar.

                            
 *J.L.BORGES

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

RAINHA


RAINHA

Lábios vermelhos que me afogam,

Em lânguidos beijos que me tonteiam;

Sou teu escravo, sou teu espelho,

A própria sorte que a tantos logram.

Navego sempre em teus olhos verdes,

Que ao brilhar me enfeitiçam;

Sou teu peão, doce rainha,

Minha riqueza que os vis cobiçam.

Em teus cabelos me aconchego,

Loiros cabelos que me enleiam;

Na tua presença me sinto um rei,

Com os beijos fartos que me incendeiam.

Tuas mãos esguias da cor da lua,

Levam-me as nuvens quando me tocam;

Me elevam longe, em pensamento,

Aos quatro ventos quando provocam.

Tu me incendeias minha bela fada,

Teu fogo ameno sempre é meu gozo;

Sou tua aventura no eterno jogo,

Minha rainha, mulher amada.

                                      
  *J.LBORGES


quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

TIGRESA

TIGRESA

En la tempestad de la mirada que sueña,
Soy lobo triste a buscar;
En la imagen tu mirada de la luna
En las madrugadas a navegar

En la tempestad de la hermosa mirada,
Me pierdo un poco, siempre soñando;
Soñar deseos, tus cálidos besos,
Los labios rojos me encienden.

En la tempestad de los ojos tristes,
Me siento un dios, pues sé que existen;
Soy tu esclavo, tu dios profano,
Te quiero mucho porque te amo.

En la tempestad de la mirada de tigre,
Soy tu cautivo, tu presa;
El amor amigo sin tener codicia,
Sin tener pereza, mi tigresa.

* J.L.BORGES

BOIS DE PIRANHA

“BOIS DE PIRANHA”

Eu vejo neste cotidiano imutável,

O suor do povo oprimido;

Sustentando a fome voraz dos governantes,

Nos quatro cantos da terra.

Eu vejo neste cotidiano implacável,

Os calos nas mirradas mãos dos miseráveis,

A erguerem palácios suntuosos aos opressores,

Em toda a parte do mundo.

Esta é a vida curta e sem sentido,

A dura realidade do povo escravizado;

Aplacando a ganancia daquele que o governa,

Em qualquer lugar do planeta.

Por que esta diferença oceânica de riqueza?

Milhões a poucos e centavos para milhões...

Por que esta diferença ferrenha do livre comercio,

Na hedionda lei da oferta e da procura?

Onde está a liberdade pregada pela democracia?

Onde está a liberdade defendida pelo capitalismo;

Pelo comunismo, pelo ateísmo e pelas religiões?

A tempos a procuro, não consigo encontra-la.

Assim constato humildemente e com tristeza,

A liberdade de fato não existe;

E sendo assim percebo claramente,

Que o homem é lobo do homem em qualquer questão.

E nesta disputa entre o capitalismo e o comunismo,

Nesta guerra entre o ateísmo e a religião;

Quem paga o pato é sempre o povo,

Esta multidão de miseráveis vagando na face da terra.

*J.L.BORGES

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

SABEDORIA


SABEDORIA

Procura-te a ti mesmo amigo,

E certamente te encontrarás;

Abras as portas do teu coração,

Que as luzes das manhãs te inundarás.

Os bons e os maus atos alojam-se como tijolos,

No Karma imortal da tua existência;

A onde a duvida bate como martelo,

Do juiz implacável que é tua consciência.


Quem em ninguém confia,

Nem em si é confiável;

Na lapide que o tempo aos poucos nos molda,

O perecível confunde-se com o imutável.

Tudo muda no coração dos homens,

Porem nada muda no coração dos animais;

A árvore é pacienciosa, é pacienciosa a vida,

A guerra é o anuncio de risos e de paz.

Abra o coração e estenda teu sorriso,

A vida é muito curta, a estrada é tão veloz;

Encontre nas crianças o perdido paraíso,

Futuro é eternidade no prima da tua voz.
                                                       
 *J.L.BORGES


segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

ALMA GÊMEA


ALMA GÊMEA

Onde tu vais eu sempre vou,

Onde tu estas também estou;

Se vivo minhas loucuras tu me segues,

Se sigo tuas procuras tu me segues.

A vida de nós dois é uma só,

Se sou tua alma gêmea somos uno;

Nas minas de carvão és diamante,

Amor que entregas a todo o instante.

Do pouco que possues tu tens eu,

Sou favos de esmeralda, amor fraterno;

E tu és o meu mel, o doce eterno,

Que visto em tantas noites de inverno.

Eu sou tua alma e tu és a minha vida,

A intriga que me entrega sem cobrar;

Se tu és meu farol luz esquecida,

Eu sou apenas sol a te espiar.

Te quero e tu me queres sempre mais,

Na sorte e na ventura que me trás;

Viveremos sempre e sempre acoplados,

Como cola, como grude, tanto faz.
                                                                
*J.L.BORGES






domingo, 9 de dezembro de 2018

SILENCIO

SILENCIO

O silencio é talismã,
No vácuo de muitos tempos;
Um dia de calmaria,
Na voz confusa dos ventos.

Na voz difusa das cores,
Em meio a ventania;
O silencio é sussurro,
Povoado de nostalgia.

O silencio é o começo,
Do pulsar do coração;
Inspiração de uma vida,
Vida de uma multidão.

As caricias do silencio,
São sonhos que a vida trás;
No lençol do sono eterno,
Onde nunca morre a paz.

Eu sou feito de silencio,
Não sou nada nesta estrada;
Sou apenas uma bolha,
De sabão e mais nada.
                  
*J.L.BORGES

sábado, 8 de dezembro de 2018

SEXTA FEIRA SANTA


SEXTA FEIRA SANTA

No silencio outonal da noite fria,

A lua brilha sem temer a voz;

Da ventania batendo a porta,

Sem piedade soprando em nós.

Vejo nas costas denegridas da mãe África,

A marca infame da besta escravidão;

Cristo, sofrestes por mim ou pelo mundo?

Teu sangue foi tabu, foi crença e comunhão.

Em tantas cruzes cravadas na estrada,

Da idolatrada pátria amada adormecida

Passaram governos enfermos a explorarem,

E nós? Pobres carentes dependentes e esquecidos.

Nunca temeremos o machado e a enxada,

Mas tememos as chaves e grilhões;

Tememos os fuzis dos militares,

Canções vulgares atormentado as multidões.

São tantos reis matando a esperança,

Que ainda existe na alma desta gente;

Vis presidentes dementes na lembrança,

Pobres crianças sem paz e sem presente.

No parlamento imundo da verdade,

As nossas leis não servem para nada;

Somente cruzes de dor e de saudade,

É o que florescem em nossa negra estrada.

Se hoje é sexta feira santa, eu anuncio,

Que hoje é o tempo é a hora certa pra lembrar;

Porque a morte de Jesus não foi em vão,

Foi a semente de uma nova vida, um novo lar.
                                  
*J.L.BORGES


sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

CONTATOS


CONTATOS

... Joelhos que tocam outros joelhos,

Braços que tocam outros braços;

Mãos que tocam teus cabelos,

Cabelos que buscam meu contato.

... Dedos que tocam tantos dedos,

Meu olhar a cair entre teus seios;

Meu corpo a tocar em tuas coxas,

Contatos inexatos em segredo.

... Ombros a tocarem outros ombros,

No frágil corpo a corpo do desejo;

Paciência em descompasso e os escombros,

No toque diplomático sem os beijos.

... Perfumes se acasalam sem pudor,

Na ânsia e no furor desta loucura;

Amantes somos, sem sermos amantes,

Anônimos, sem passado e sem futuro.
                                   
*J.L.BORGES


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

SECUELAS

"secuelas"

El dolor golpeó mi puerta,

Cuando el amor se fue;

Sobraron palabras muertas,

De adiós mi hermosa señora.

Mi corazón que te amaba,

Se convirtió en una piedra ardiente;

Triste, mi pecho lloraba,

Sintiendo este amor tangente.

El dolor de amor y de pasión,

Al sentir su ausencia;

Lloraba mi corazón,

Falta de su presencia.

Pues le gustaba tanto de ella,

Y jamás imaginaba;

Que quedarían secuelas,

De este amor que me engañaba.

* J.L.BORGES

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

YASMIM


“YASMIM”

Quando Yasmim enlouqueceu,

Na rua pos se a correr;

Sorria sem perceber,

O tempo em que em vão sofreu.

Menina doce e triste,

Cheia de sonhos que era…

Quando Yasmim enlouqueceu,

Pensava o mundo ser dela;

Imaginou uma janela,

No mundo em que vão viveu.

Aquela que amava a todos,

O mundo era sua familia…

Quando Yasmim enlouqueceu,

Quiz ser uma bela fada;

Talves uma deusa encantada,

Benção que um deus prometeu.

Uma flor selvagem do campo,

Terna como a natureza…

Quando Yasmim enlouqueceu,

Imaginou-se no ar;

Tanto viveu a sonhar,

Que foi assim que morreu.

Sua alma subiu aos céus,

Seu corpo desceu ao mar…

*J.L.BORGES

BELLO N°1

BELLO Nº1

En las montañas azules del pensamiento,
El viento sopla ligero,
La lluvia cae;
Sólo el dolor consigue,
En la lucidez del tiempo,
Reconquistar la paz.

En las montañas azules de esta vida,
Tenemos obstáculos para vencer,
Que hasta perder será victoria;
Y esta puerta olvidada,
¿Será el hombre la gloria,
En el tenue tiempo de morir.

En el mar azul del alma,
Sólo somos tormenta,
Nada más;
Esta risa que me ataca te invade,
Trayendo paz y calma,
Y tantos ais.
                               
 * J.L.BORGES

ESPELHO MÁGICO

CACHOEIRINHA, FEVEREIRO DE 1992.

ESPELHO MÁGICO

Eu quero passar o domingo,

Tocando piano,

E jogando xadrez com os amigos.

Vou sentir o aroma lunar,

Do perfume francês que refresca

Teu corpo de musa encantada.

Vou sentir o bouquet deste vinho,

O vinho do Porto que descansa,

Na adega da tua mansão.

Quero hoje ler um livro antigo,

E olhar estes selos raros,

Ouvir jaz num som importado,

Vídeo clipe contando a historia,

Do rock, de blues e de jeans.

Eu vou esquiar nos Alpes suíços,

Andar a cavalo contigo,

Alisar tua pele bronzeada,

E te amar sem capot inglês;

Quero andar em avenidas francesas,

De gravata londrina e mais nada.

                                           
*J.L.BORGES

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O BOTO E A DONZELA

“O BOTO E A DONZELA”

          ...Ela uma menina recatada até demais, sempre caminhando cabisbaixa, pisando em ovos, nunca alguem a viu com namorado, e eis que aparece gravida, para o deleite dos moradores do vilarejo.
          -Como pode isso acontecer...fala dona Cristina.
     -Simples,responde seu Alfredo;foi o boto quem fez mal a garota.
          -Como assim boto?ela só sai de casa com os pais, nunca lavou roupa em riacho algum,e aqui perto nem riacho temos…
          -Mas temos maquina de lavar roupa, acredito que o boto veio pela tubulação de agua e pegou a coitada de jeito…

          J.L.BORGES

AMANTES...

AMANTES

Después de que la lluvia cayó,
El reloj golpeó dos horas,
El gato se metió allí,
La luna vana me espía,
Mientras las estrellas bostezaban.

Después de que la lluvia cayó,
GEME de amor por ti,
Yo lloré al darte adiós,
Porque la noche anunciaba,
Que el día iba a llegar.

Después de que la lluvia cayó,
De despedida dejé un beso,
Estampado en el portal de la casa,
De la mujer que me recibe,
Ardiente en la búsqueda que hago.

Después de que la lluvia cayó,
La fantasía volvió a su mundo de sueños
La sombra cedió lugar a la luz del alboroto,
La madrugada ha pasado,
Mientras volvía a casa.
                                           
 * J.L.BORGES

AMANTES


AMANTES

Depois que a chuva caiu,

O relógio bateu duas horas,

O gato miou lá fora,

A lua vadia me espiou,

Enquanto as estrelas bocejavam.

Depois que a chuva caiu,

Gemi de amor por você,

Chorei ao te dar adeus,

Pois a noite anunciava,

Que o dia iria chegar.

Depois que a chuva caiu,

De despedida deixei um beijo,

Estampado no portal da casa,

Da mulher que me recebe,

Ardente na procura que faço.

Depois que a chuva caiu,

A fantasia voltou à seu mundo de sonhos

A sombra cedeu lugar a luz do alvorescer,

A madrugada mansamente passou,

Enquanto voltei para casa.

                                          
 *J.L.BORGES

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

SOLITUDINE

SOLITUDE

It rains outside,

And the rain tells me about you;

I cry now with this rain,

But I cry without you.

I feel cold, so homesick,

I feel this life hurting me;

I feel empty right now,

I feel this wind and this pain.

I walk alone in the cold rain,

Without joy and without having peace;

The day passes, the night arrives,

Pass this life that does not bring you back.

You left at the uncertain time,

Leaving your door open;

But nothing matters without his presence,

You will never return.

* J.L.BORGES

YARA

YARA

Te quero refletida nos espelhos dàgua,
Nas águas que banham teu corpo lindo;
Te quero levitando, mulher da minha vida,
Nas águas cristalinas de um grande rio.

Talvez em alguma tarde eu vá te encontrar,
E possa te pescar com calma e com vontade;
Me afogar sem pressa em teu corpo lindo,
De peixe e de gazela, teu corpo de mulher.

Em todos os rios eu vejo tua imagem,
Me chamando...Me chamando,
Mas nunca te encontro.

Estou enfeitiçado, preciso te encontrar,
Senão eu morrerei sem nunca ter pescado,
Um verdadeiro amor somente meu.
                           
*J.L.BORGES

JORGE, O BRASILEIRO

JORGE, O BRASILEIRO

Então Jorge partiu pensando,
Lembrando sua vida morta;
O tempo que foi voltou,
Trazendo Jorge de volta.

Jorge voltou sem vontade,
Sem saudade, sem alegria;
A moça espantada assiste,
Jorge morrer todo o dia.

Jorge sucumbi todos os dias,
Sempre lembrando a maneira de ferir;
Talvez se Jorge fosse diferente,
Aprenderia a amar e a sorrir.

É triste a moça ter que suportar,
Jorge por tanto tempo;
Se ao menos Jorge aprendesse,
Que as pessoas tem sentimento

A moça fica calada,
Não comenta que Jorge morreu;
Mas pra que comentar a morte de Jorge,
Se Jorge sempre renasceu.

Jorge morre quando quer,
E volta quando bem entende;
Ela sabe que Jorge fere sem sentir,
A moça perdoa, a moça compreende.

Se um dia Jorge voltasse um pouco melhor,
Talvez descobrisse o motivo de viver;
Descobrisse que a vida é boa,
E que pra viver bem não é preciso morrer.

Mas Jorge é teimoso e um dia,
Ao morrer encontrará sua luz
E renascerá na paz imutável,
Ao lado do amor, longe da cruz.
                     
*J.L.BORGES

domingo, 2 de dezembro de 2018

CANCION DE ABRIL

CANCIÓN DE ABRIL

El amor es azul,

Es una luz que brilla;

En este cielo que es mi escenario,

Mi viola a llorar.

El amor es azul,

Una flor a abrirse;

Una broma picante,

Sólo para verte sonreír.

El amor es azul,

Es una noche tan fría;

Una canción envolvente,

Me traen alegría.

El amor es azul

Es azul tu sonrisa;

Su cuerpo suave,

Que tanto deseo.

El amor es azul,

Lindo sol a nacer;

Es el mago que huye,

Sólo para ver yo vivir.

* J.L.BORGES

COM ESPÍRITO DE AMOR


COM ESPÍRITO DE AMOR

Eu te ofereço neste dia,

Minhas tristezas,

Minha alegria;

Tudo o que tenho Senhor,

Te ofereço com espírito de amor.

Te ofereço meu sorriso,

Também ofereço minhas lagrimas;

Te ofereço meus fracassos Senhor,

Te ofereço o sucesso que alcancei,

Tudo com espírito de amor.

Te ofereço esta ansiedade dentro do peito,

Te ofereço meus sonhos, Senhor,

Te ofereço a vida que desabrocha lá fora;

Minha paz de espírito, senhor,

Te ofereço com espírito de amor.

Te ofereço esta chuva que cai,

O sol ardente e o seu calor,

Este ar que me envolve, Senhor;

Sinto forças e desejo para te oferecer,

Tudo com espírito de amor.
                                  
 *J.L.BORGES

METAMORFOSE


“METAMORFOSE”

Borboletas são anjos,

Flores são mariposas;

Esposas da natureza.

*J.L.BIRGES

sábado, 1 de dezembro de 2018

UOMO DI POLVERE

UOMO DI POLVERE

Quanto triste viviamo,
Amaro, sempre sofferente.

Sofferenza silenziosa in solitudine,
Rompe solo il cuore.

È così triste soffrire il silenzio,
Per vivere una vita amara

Ne ho abbastanza di sofferenza,
Sono stanco di amare e solo di soffrire.

Ho bisogno delle sue risate così tanto,
Bella ragazza, una donna così bella.

Che passa via dal mio marciapiede,
Rendere la vita disperata.

Lei vive la vita per prendermi in giro,
Mi fa soffrire così tanto.

Senza di lei mi sento triste,
Vagando in un mondo che non esiste.

Volevo tanto camminare con lei,
Perché la amo, mi piace.

Dal momento che non ce l'ho, cammino da solo,
Sempre silenzioso, sento polvere.

Polvere radiativa nella tempesta
Della solitudine che mi invade.

Sono un uomo in polvere, pronto a morire,
Senza di lei so, non vivrò.

* J.L.BORGES

PULVERMANN

PULVERMANN

Wie traurig wir leben,
Bitter, immer leidend.

Schweigen in der Einsamkeit,
Es zerreißt nur das Herz.

Es ist so traurig, Stille zu erleiden,
Ein bitteres Leben führen.

Ich habe genug von Leiden gehabt,
Ich bin müde zu lieben und leide nur.

Ich brauche ihr Lachen so sehr,
Schönes Mädchen, so eine schöne Frau.

Das geht von meinem Bürgersteig weg,
Das Leben verzweifelt machen.

Sie lebt das Leben, um sich über mich lustig zu machen,
Mich so leiden zu lassen.

Ohne sie fühle ich mich traurig,
In einer Welt wandern, die es nicht gibt.

Ich wollte so gerne mit ihr gehen,
Weil ich sie liebe, mag ich sie.

Da ich es nicht habe, gehe ich alleine,
Immer still, ich fühle mich staubig.

Strahlenstaub im Sturm
Von der Einsamkeit, die mich überkommt.

Ich bin ein gepuderter Mann, bereit zu sterben
Ohne sie weiß ich, ich werde nicht leben.

* J.L.BORGES

HOMBRE POLVO

HOMBRE POLVO

Como es triste la gente vivir,
Amarrado, siempre a sufrir.

Sufriendo callado en la soledad,
Sólo dilata el corazón.

Es tan triste sufrir callado,
Vivir la vida amargada.

Ya me cansé de tanto sufrimiento,
Canse de amar, y sólo padecer.

Necesito tanto de la risa de ella,
Chica linda, mujer tan bella.

Que pasa lejos de mi calzada,
Hacer la vida desesperada.

Ella vive la vida burlándose de mí,
Haciéndome sufrir tanto.

Sin ella me siento triste,
Vagando en un mundo que no existe.

Quería tanto pasear con ella,
Porque la adoro, me gusta.

Como no la tengo yo solo,
Siempre callado, me siento polvo.

El polvo radiactivo en la tempestad,
De la soledad que me invade.

Soy un hombre polvo, listo para morir,
Sin ella sé, no voy a vivir.

* J.L.BORGES

SOLAMENTE MENTIRAS

SOLAMENTE MENTIRAS

Yo te hice mi diosa,

Sin tu ser mi diosa;

Me engañó te amando,

Sin poder amarte.

Yo te hice mi reina,

Me hice tu esclavo;

Te he jurado promesas,

Que jamás cumpla.

Me llegué a ti,

Por miedo de solo;

No encontrar a nadie,

Para alejar el insomnio.

Con miedo del invierno,

Con miedo de este frío;

Yo abrazé tu cuerpo,

Te hice muchos cariños.

Pero yo no te amé,

Yo no te amaba;

Yo sólo te engañaba,

Intentando engañarme

* J.L.BORGES

SEREIA


SEREIA

Aquela sereia me encantou,

Sua voz melodia me seduziu;

Fiquei perdido no seu corpo,

Uma turbulência na tempestade.

Sem calmaria fiquei perdido,

Pedindo o riso e aquela voz;

Aquele olhar, lindo farol,

A me guiar na tempestade

A noite sem lua me fez lembrar,

Daquela sereia que em mim chegou;

Feito um espinho em meu coração,

Me ferindo sem pedir licença.

Agora viciado, sou dependente,

Daquele corpo, ópio de luz,

Quanto mais amo, eu mais a quero,

Me desespero se ela está longe.

Por isso eu vou fugir pra ela,

Pois gosto dela, sou dependente;

Aquela sereia me encantou,

Agora eu quero ser marinheiro.
                                        
 *J.L.BORGES