sexta-feira, 25 de maio de 2018

TARDES DE SETEMBRO

TARDES DE SETEMBRO

No final da tarde,

Todas as luzes são reais;

Todas as saudades ao caretas,

Todos no transito são banais.

No final da tarde,

Todos os sinos são normais;

Todos os hinos são cadentes,

Todas as estrelas imortais.

No final da tarde,

Toda a paciência é contida;

Toda a mulher é terna,

Desfilando ao longo da avenida.

No final da tarde,

Toda a pressa tem seu preço;

Todo o final tem um retorno,

Na esquina de um novo recomeço.

No final da tarde,

O sol teima em adormecer;

Para acordar noutra manhã,

E outra tarde conhecer.

    *J.L.BORGES

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