ETERNIDADE DO SABER AMAR
Quando penetro nas entranhas de teu corpo,
Sinto o fogo do teu gozo a me queimar,
Fogo este que somente acalmo,
Com a saliva da minha boca,
A te banhar.
Levitar em teu corpo preciso,
É entrar em outra dimensão;
É como andar em uma estrada,
A cento e oitenta por hora,
Na contra mão.
O vulcão de meu ser explode em ti,
Nos fundimos e tornamo-nos um só ser;
Quanta paixão e loucura,
Nesta forma fecunda de amar,
Até morrer.
Morrer meu bem, pra renascer de novo,
Feito um buraco negro em teu infinito,
Explodindo, implodindo e se encolhendo;
Se envolvendo nesta fôrma que é teu corpo,
Tão bonito.
*J.L.BORGES
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