“JE SUIS ANONYME”
Tantos passos dilacerados na estrada,
Tantas bombas a explodirem por ai;
Louca lida que esmorece e apavora,
Nesta hora onde a vida vale nada.
Ledos sonhos que ficarão na memória,
Estampados em jornais a jorrar sangue,
Sem caricaturas, mas com a dor apavorante,
Que aqui fica, porque nunca vai embora.
São anônimos os que tombam por ai,
Reféns da intolerância e do terror;
Onde as longas vestes maltrapilhas do horror,
É armadilha num complexo frenesi.
Somos anônimos carregando esta bandeira,
Da liberdade mesmo que tardia;
Onde a vida ontem farta hoje é vazia,
E engatinha num atraso derradeiro.
*J.L.BORGES
Nenhum comentário:
Postar um comentário