MOLEQUE
De pé no chão,
De calça curta,
Sem camisa;
É uma brisa,
Sempre pulando;
Sempre rindo,
Sempre brincando.
Lá vai ele,
É o céu abrindo,
Nosso futuro,
A primavera,
Longe do escuro,
De pé no chão.
Céu de algodão,
Na doce espera
Sua calça curta,
O seu pião.
O picolé,
Pé de moleque,
A rapadura,
Tanto pileque,
Só de quentão.
Um jovem fruto,
Sempre anunciando,
Que a juventude,
Não tem idade.
E sem camisa,
É uma brisa,
Da eternidade .
*J.L.BORGES
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