sábado, 26 de maio de 2018

ESTRELAS

ESTRELAS

Adeus dançando, na chuva,

Dançando na chuva, adeus;

Canção de um tempo distante,

Mas não distante de Deus.

Adeus a Borges e a Quintana ,

A voz de um menino só;

Vida em forma de versos,

Nunca distante do pó.

Adeus as noites de lua,

Na voz deste violão;

Onde o gaúcho dedilha,

E depois forma canção.

Aos meninos de Guarulhos,

Meu adeus irreverente;

Eras pó, voltastes ao pó,

Feito estrela cadente

São tantos poetas mortos,

Flutuando num sem fim;

Alem de meu coração,

Reunidos num jardim.

Onde todos são iguais,

Pontos de luz no infinito;

Mirando a terra aquecida,

Com seus olhares bonitos.

   *J.L.BORGES


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