AS VELHAS COISAS
A pulseira de um relógio,
Já bem gasta pelo tempo;
Velho relógio onde marcamos,
Horas de alegria carregadas pelo vento.
Uma toalha remendada,
Esquecida em cima da mesa;
Copos de vidros trincados
Onde um dia afogamos a tristeza.
O caduco radio fanhoso,
A cantar uma antiga melodia;
Na janelas vidros empoeirados,
No roupeiro uma mala vazia.
Na estante velhos livros,
Cadernos rasgados e um tinteiro
No bar garrafas vazias,
Tocos de cigarros e um cinzeiro.
Velhas coisas perpetuadas,
Para testemunhar com o tempo;
Que nos apenas somos passageiros,
São passagens do momento.
*J.L.BORGES
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