quarta-feira, 23 de maio de 2018

AS VELHAS COISAS

AS VELHAS COISAS

A pulseira de um relógio,

Já bem gasta pelo tempo;

Velho relógio onde marcamos,

Horas de alegria carregadas pelo vento.

Uma toalha remendada,

Esquecida em cima da mesa;

Copos de vidros trincados

Onde um dia afogamos a tristeza.

O caduco radio fanhoso,

A cantar uma antiga melodia;

Na janelas vidros empoeirados,

No roupeiro uma mala vazia.

Na estante velhos livros,

Cadernos rasgados e um tinteiro

No bar garrafas vazias,

Tocos de cigarros e um cinzeiro.

Velhas coisas perpetuadas,

Para testemunhar com o tempo;

Que nos apenas somos passageiros,

São passagens do momento.

            *J.L.BORGES

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