LONGA METRAGEM
Num mundo veloz de tanta procura,
Eu ouço uma voz soprando ao vento;
Igual esta chuva que cai preguiçosa,
Cantando na rua canções de ternura.
Se quero a saudade desenho no tempo,
Momentos de paz, jamais despedida;
Recordo o passado e filmo o presente,
A onde a tristeza é fita esquecida.
Se quero o presente, relembro o passado,
E sinto o futuro de longe a acenar;
Dizendo que é hora de apenas sorrir,
Pra não mais fingir e também não chorar.
A vida que passa parece-me um filme,
Remotas comedias do doce Chaplim;
Vestido de preto, com ele o menino,
O doce destino sorrindo pra mim.
Assim esta vida que entre em cena,
Me afaga de leve e abre o futuro;
Me mostra que a estrada sofrida é apenas,
Momentos de cortes na vida cinema.
*J.L.BORGES
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