quarta-feira, 18 de julho de 2018

TOM DA IDADE

O TOM DA IDADE

Sou um brilho diferente em teu olhar,

Sou teu ioga, sou a droga que te afaga;

Que nas noites de insônia te afoga,

Dá vontade de fugir, não retornar.

Na política paralítica a cor difusa,

No voto aberto a surpresa;

Mais um pão faltando em tua mesa,

Mais uma estrela estampada nesta blusa.

Não sou mudo, mas não falo quase nada,

Não sou cego, mas não vejo quase nada;

Sou criança implorando educação,

Para não ser no futuro alma jogada.

Quem me dera que este sonho fosse bom,

E o futuro fosse um pouco diferente;

Eu quero é ser semente à esta gente,

Ser canção entoando em vários tons.

 *J.L.BORGES

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