quinta-feira, 19 de julho de 2018

BARQUINHO DE PAPEL

BARQUINHO DE PAPEL

A chuva cai em abundancia em meu coração,

Fazendo minha alma chorar de saudade, não sei por quem;

Raios ferem os céus de meus pensamentos,

Trovoes retumbam a todo o momento em mim.

Está tão frio lá fora meu amor,Eu sei,

Tudo tão escuro a redor de nós amor;

Sinto-me prisioneiro desta saudade que me invade,

Saudade dura e fria, eu si não sei porque.

Eu olho no espelho as rugas de meu rosto,

Meus olhos tão vermelhos tentando em vão chorar;

Ao longe tua voz parece que me chama,

Porem sinto mais forte o vento na janela.

Tremendo de frio, de dor e ansiedade,

Meu corpo quase em febre te chama e te evita;

Pois sei que nosso amor flutua num sem fim,

Barquinhos de papel molhados pela chuva.

São beijos e desejos rumando a um oceano,

Sinistro e misterioso bem longe de você;

Preciso retornar, não quero prosseguir,

Voltar a meu lugar que é ao lado de você.

                                           
*J.L.BORGES

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