MARTIR
Meus sonhos mais íntimos,
É encontrar Belém,
Em qualquer natal;
Muitas Palestinas,
No fundo do olhar.
Quisera eu fosse rei,
Pra infringir as leis,
Destes homens loucos,
Que oprimem o povo,
Carente de pão.
Talvez fosse outro Cristo,
A morrer na cruz;
Sem comer brilhantes,
E palcos de sonhos.
Mas como sou pobre,
Pouco tenho a dar;
Dar-te-ei meus sonhos,
Minha liberdade.
*J.L.BORGES
Nenhum comentário:
Postar um comentário