PÁTRIA AMADA
O quê será dos meus poetas,
Com seus louvores;
O quê será dos meus profetas,
Com seus valores?
Que no prelúdio da empolgação,
Relataram fatos já esquecidos;
Neste pais da ilusão,
Castro e antigo.
Pobres escritores deste pais,
Tão infantis na personalidade;
Oh! Pátria amada, dócil e infeliz,
Quanta saudade das tuas verdades.
Que nem em versos mais satisfaz,
Nem suas grandezas me lembram mais;
Pobres profetas que se enganaram,
Nas profecias que relataram.
Dando aos soldados os seu louvores,
Pseudo deuses com seus horrores;
Homens cruéis e bem armados,
Homens infiéis e mal amados.
Homens que hoje são condenados,
Corruptos vultos tão infelizes;
Que até por elas são desprezados,
Humores negros das meretrizes.
*J.L.BORGES
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