terça-feira, 17 de julho de 2018

NADA DE NOVO

NADA DE NOVO

Por quem retumbam os canhões,

Por quem dobram os sinos;

Por quem choram as flores,

Nas cores de um só destino?

Por quem batem os tambores,

Por quem crepitam as metralhadoras

Por quem marcham os soldados,

Desta pátria malfeitora.

Os raios riscam este céu,

O céu vermelho da minha boca;

Lembrando trovoes e beijos,

Desejos na forma louca.

É nesta loucura intensa,

Vejo a guerra nuclear;

No espelho do meu quarto,

Igual pássaro a gorjear.

E me lembro dos canhões,

Sinos, flores e um destino;

Alem das metralhadoras,

Soldados, jovens meninos.

Carente de seus amores,

Marchando para uma guerra só

Por quem marcham os soldados,

Homens que retornam ao pó.

                                           
*J.L.BORGES


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