JUIZO FINAL
À bomba da paz,
Rosas violetas;
A pomba aqui jaz,
Entre violetas.
O ruflar dos tambores,
Estupra os cristais;
Na noite horrores,
Que envolve os metais.
No ronco leproso,
Explodem as surdinas;
São loucas raposas,
Rasgando as cortinas.
São tantos canhões,
Já prontos pra guerra;
Leões e galões,
A espera da fera.
No alto a luz pisca,
E dá seu aviso;
Derrotas, conquistas,
Começa o juízo.
*J.L.BORGES
Nenhum comentário:
Postar um comentário