LABIRINTOS
Enquanto a vida escoa silenciosa,
Pela ampulheta imperdoável do impassível tempo,
O dia sai de mansinho,
Deixando cacos e uma noite.
A noite vem devagar e sem avisar,
Amassando e amansando a esperança;
Plantando no coração de alguém muitos sonhos,
Muita vontade de correr solto na ventania.
Enquanto a noite estende seu manto sem pressa,
Eu estou com muita pressa de chegar;
Pois tenho vontade de caminhar contigo, amor,
Nos labirintos onde nunca caminhei.
*J.L.BORGES
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