terça-feira, 17 de julho de 2018

NOITE DE NATAL NO OCIDENTE

NOITE DE NATAL NO OCIDENTE

Caem neves de isopor,

E algodão,

Na relva sintética,

Do verde prado,

Enquanto o pastor,

Tomando trago,

Dedilha um ergométrico

E choroso fado,

No violão.

Na noite fresca,

A estrela guia,

Espia do alto,

Da arvore esquia,

A luz suprema da anunciação.

E lá no prado,

O choroso fado,

Ainda insiste

No violão

*J.L.BORGES

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