NOITE DE NATAL NO OCIDENTE
Caem neves de isopor,
E algodão,
Na relva sintética,
Do verde prado,
Enquanto o pastor,
Tomando trago,
Dedilha um ergométrico
E choroso fado,
No violão.
Na noite fresca,
A estrela guia,
Espia do alto,
Da arvore esquia,
A luz suprema da anunciação.
E lá no prado,
O choroso fado,
Ainda insiste
No violão
*J.L.BORGES
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