HIPNOSE
Doce tesão me mata,
Me faz eu te esperar;
Me siga e me ataca,
Até eu me cansar.
Tua maçã eu quero,
Em teu corpo me perder;
Depois me achar, espero,
E outra vez nascer.
Tu és serpente, eu sou,
Apenas teu olhar;
A tua luz ficou,
Em mim a iluminar.
Doce tesão me aliza,
Assim sem ter um fim;
Tua língua tão precisa,
A estrelar em mim.
Num turbilhão de luzes,
Te vejo iluminando;
Como uma estrela guia,
Azul me vigiando.
Num turbilhão de luzes,
Te velo levitando;
Alem da nostalgia,
Igual um vento brando.
*J.L.BORGES
(1986)
Nenhum comentário:
Postar um comentário