O GAÚCHO
Rancho de barro, uma figueira
Nuvens mosqueada, chuva ligeira;
Um bom churrasco e o violão,
Lenço apertado no coração.
Roda de versos,um mate amargo,
Doces lembranças deste meu pago;
Uma chinoca, terna e bonita,
Saia rodada, cheirosa chita.
A cancha reta, poeiras no chão,
Jogos de osso e o chimarrão;
Noites de trovas com a peonada,
Dias calientes de camperiadas.
Um zaino amigo, simples e sem luxo,
Eu sou feliz, eu sou gaúcho;
Tudo o que gosto na alma fala,
Botas, espora, e um belo pala.
Nada mais peço pra esta vida,
Pois sou daqui, terra querida;
Tenho uma alegria que se expande,
De ter nascido no meu Rio Grande.
*J.L.BORGES
Camaquã.1984
Nenhum comentário:
Postar um comentário