DEREPENTE, NO ÚLTIMO VERÃO.
Derepente, no último verão,
Encontrei você;
Derepente te amei,
Mais de vinte vezes.
Te encontrei meu amor,
E te amei no verão;
Me atirei de cabeça no poço,
Descobri como ele era fundo.
Mas te amei de verdade, amor,
Descobri num instante esta paixão;
Derepente fiquei escravo,
Desse seu olhar cor da noite.
Prisioneiro fiquei do sorriso,
Da voz canção de você;
Fostes a serei que se apossou,
Do meu coração, da minha alma e calma.
Mas agora vou fugir de você,
Seu olhar me feria e matava;
Sua voz foi conforto, é confronto,
Seu sorriso era ópio ao olhar.
*J.L.BORGES
Camaquã.1986
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