INFÂNCIA
São bolhas de sabão soltas ao vento,
Desenhos indecifráveis soltos no papel;
O toque da corneta do picolezeiro,
O jogo de sapata, gangorra e carrossel.
São flores amarelas chamando a primavera,
A luz da estrela Dalva brilhando na manhã;
É o vento de novembro sob as nuvens brancas,
Trazendo a esperança com gosto de maça.
Criança sem camisa lá fora a levitar,
Sorriso tão bonito, como é bom sorrir!
É um anjo a flutuar suave no infinito,
Criança sem camisa, como é bom sonhar!
Pandorgas e balões enfeitam teu futuro,
É linda está criança, canções em dó menor;
Eu vejo em seu olhar a luz da esperança,
Que rasga este escuro para um dia bem melhor.
*J.L.BORGES
GRAVATAI 11/1989
Nenhum comentário:
Postar um comentário