terça-feira, 13 de novembro de 2018

HUMANIDADE


HUMANIDADE

A flor apareceu sob a geada,

Escassa de uma moderna primavera;

Nos gelados ventos alguém espera,

Uma pessoa que caminha embriagada.

Uma canção ecoa derepente,

Entre os paredões das montanhas;

Na garganta da pessoa estranha,

Existe um sino sonoro e ardente.

Tantos monstros povoam as cidades,

Perdidas no vale do passado;

Em galope segue a humanidade,

Segue em frente a um lugar ignorado.

A manhã continua devagar,

Dizendo que voltará um dia;

Noutro dia prateado irá chegar,

Trazendo sua nevoa nostalgia.

As janelas se fecham e se abrem,

No balanço musical que vem do vento;

Deixando no ranger alguns momentos,

Algumas gotas de orvalho que não seguem.

                                     
*J.L.BORGES

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