METAMORFOSE
Hoje senti o amargo punhal,
Atravessar a garganta;
Desta minha vida letal,
Que não mais canta.
Tudo é vazio e amargo,
Nesta minha vida sem gloria;
Pra que glorias? Eu só guardo,
Derrotas e não vitórias.
É tão difícil viver,
A realidade dia a dia;
Sentindo a vida correr,
Cruel e sem alegrias.
Preciso erguer a cabeça,
E tornar sólido meu futuro;
Antes que esta dor amanheça,
Por Deus que eu preciso, juro.
Pois ainda resta uma esperança,
No fundo da minha alma;
Este meu coração criança,
Cansou de desilusão e quer calma.
Eu cansei desta rotina,
Sem futuro e sem primavera;
Voarei pelas campinas,
Eu vou arar a terra.
*J.L.BORGES
Porto Alegre.1983
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