MEDUSA
A luz que embala os sonhos,
É a mesma luz dos astros;
Girando nos espaços,
De um coração vazio.
Semente e pó da vida,
Depois de germinar;
Adeus e despedida,
Na hora de partir.
Nos corações de pedra,
A flor do amor não nasce;
Nem mesmo a bela face,
Reluz em algum sorriso.
O amor só é sincero,
Se está bem lá no fundo;
Da alma apaixonada,
Que não cansa de sonhar.
Reflito no espelho,
Talvez em poças dagua;
Paixões, canções e magoas,
Que nunca te escrevi.
E hoje teu escravo,
Eu sou senhor dos ventos;
Fingindo transformas,
Meu coração em pedra.
Depois torno-me pó,
Com os beijos desta chuva;
Flutuar alem dos montes,
Enfim morrer no mar.
*J.L.BORGES
Nenhum comentário:
Postar um comentário