sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

MEDUSA

MEDUSA

A luz que embala os sonhos,

É a mesma luz dos astros;

Girando nos espaços,

De um coração vazio.

Semente e pó da vida,

Depois de germinar;

Adeus e despedida,

Na hora de partir.

Nos corações de pedra,

A flor do amor não nasce;

Nem mesmo a bela face,

Reluz em algum sorriso.

O amor só é sincero,

Se está bem lá no fundo;

Da alma apaixonada,

Que não cansa de sonhar.

Reflito no espelho,

Talvez em poças dagua;

Paixões, canções e magoas,

Que nunca te escrevi.

E hoje teu escravo,

Eu sou senhor dos ventos;

Fingindo transformas,

Meu coração em pedra.

Depois torno-me pó,

Com os beijos desta chuva;

Flutuar alem dos montes,

Enfim morrer no mar.

  *J.L.BORGES

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