VISÕES NAS MADRUGADAS
Na madrugada eu vejo uma luz,
Brilhando na esquina da saudade;
Vejo momentos de sonhos ausentes,
Presentes nesta noite de ilusão.
Sinto que a lua distante é atriz,
No palco que a noite tece;
Igual aranha sem vestes,
Naquele palco mosqueado.
Vejo estrelas enlouquecidas,
Na avenida interminável da inocência;
Onde a presença esquecida da paz,
Encontra-se em embrulhos pos ai.
Na longa estrada vejo a solidão,
Cadenciando passos no orvalho;
Serão lagrimas estas gotas nos campos,
Ou apenas frágeis suores da virgens desfloradas?
Sempre te penso nestas madrugadas,
Tuas linhas, tênue luz nesta neblina;
Só te encontro quando meus olhos,
Cansados adormecem e eu vou embora.
*J.L.BORGES
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