O CIRCO
Crianças que pulam,
Que correm, que gritam;
Num gesto sereno,
De ser e sorrir.
Comendo pipocas,
Chupando os dedos;
Olhando os macacos,
E o velho leão.
No alto um trapézio,
De sonhos tangentes;
O fio do arame,
Rasgando o horizonte.
Sorri a criança,
E grita extasiada;
Com as velhas piadas,
Do velho palhaço.
São tantos inocentes,
Num mesmo lugar;
Que fico sonhando,
Não quero sair.
Fazer deste circo,
Eterno momento;
E pô-lo em um canto,
De meu coração.
*J.L.BORGES
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