quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

PESADELOS

PESADELOS

Esta saudade difusa,

De querer sem saber quem;

É uma saudade confusa,

Vontade de querer bem.

Há dias cinzas que o sol,

Vem aqui e me lambuja;

Faz-me ser o teu lençol,

Abrigo a envolver tua blusa.

Lençol de sonhos de estrelas,

Num céu de enloucadas musas;

Dormindo em cores de telas,

Quadro de jovens medusas.

Chegando em mim igual vento,

Num mar de virgens confusas;

Saudade? Doce tormento,

Da paz disforme e difusa.

  *J.L.BORGES

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