INCOERENCIA
Nesta incerteza prolixa e mutável,
De palavras que não compreendo;
Falo por falar sem dizer nada,
Digo por dizer e nada entendo.
Porque o começo do compasso,
Na eternidade é quase nada;
São palavras escritas em descompasso
No turbilhão infernal da longa estrada.
Na incerteza do falar quem vai ouvir?
Nesta eterna imensidão do nada ter;
A onde os pesadelos em debandada,
Aguardam a sua vez de prosseguir.
*J.L.BORGES
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