VELHOS POETAS
Velhos poetas delirantes,
Nas ocasiões de cada dia;
Loucos profetas em rompantes,
Nas explosões das ventanias.
Bebendo taças de instantes,
No inicio de seus velhos dias;
Tantos poetas inconstantes,
No limiar da nostalgia.
São tolos estes velhos dromedários,
Tentando cultivar auroras;
São tolos estes velhos dinossauros,
No abstrato das horas.
Onde o importante é fazer versos,
Velhos poemas e odisséias;
Nas catacreses do reverso,
Povoado de prosopopéias.
*J.L.BORGES
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