sábado, 24 de fevereiro de 2018

NOITE

NOITE

As poças dàgua,

Refletem teu olhar;

Enquanto a noite,

Deixa sua graça.

E a luz da esguia lua,

Desenha na vidraça;

A imagem dela,

Nua a levitar.

São tantas as estrelas,

Morrendo de ciúme,

Do riso dela,

Gracioso a iluminar;

Um riso suave,

Que faz a noite,

Sentir o seu perfume,

Disperso no ar.

E o poeta sonhador,

Recria cambaleante,

Versos à bela lua;

Momentos raros,

Estes ternos instantes,

Que as poças dàgua,

Despidas de magos,

Refletem pacientemente,

A imagem dela.

E outra vez revejo,

Estrelas em seu sorriso,

E a noite em seu olhar;

O ardente beijo,

O corpo que aliso,

Te juro amor, não dá,

Vontade de acordar.

 *J.L.BORGES

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