ILUSÃO
A ilusão mudou-se,
No afã diáfano de sua alegria;
Levou consigo a velha nostalgia,
E a certeza de amor tão doce.
Doce sonho de sonhar contigo,
Abrindo as portas desta bela casa;
A onde anjos perderam sua asa,
Cristais opacos a ofuscar castigos.
Castigos tantos por amar só ela,
Preso em ilusões de sonhos;
Mistura casta de deuses medonhos,
Pinturas estranhas em velhas aquarelas.
Aquarelas que retratam um chão,
De estrelas velhas, decaídas;
A onde o melhor da vida,
E jamais perder a ilusão.
*J.L.BORGES
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