domingo, 25 de fevereiro de 2018

O INSENSATO

O INSENSATO

Loucas palavras que não falam nada,

Tolos ouvidos que mal sabem ouvir;

Olhos vendados que não enxergam nada,

Estrada que não leva a lugar nenhum.

Beijos frios e falso, carentes de amor,

Abraços e apertos de mãos sem tocar;

Sorrisos de desdém fingindo ser sincero,

Sem saber pra quem, nem mesmo o motivo.

Fugaz é o sopro da sabedoria,

Tentando em vão entrar no coração daquele;

Que se diz saber d e tudo mas que mal percebe,

Quando o sol surgiu ou quando a noite chega.

O vento do saber bate em tantas portas,

Que trancadas ficam e permanecem assim;

Enquanto a vida abre novos horizontes,

Mas eles coitadinhos, permanecem o mesmo.

Nada, nada muda no coração do insensato,

Quanto menos tem, mais deixam de ter;

Deixando a fortuna lhe escorrer das mãos,

E a água da sabedoria fugir por entre os dedos.

  *J.L.BORGES

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