INÍCIO FINAL
Sou na poeira das estrelas,
Esparsos raios flamejantes;
Flutuando num caos sem fim,
Onde o final é o limite.
Sou nos choque das galáxias,
O espasmo de virgens cometas;
Em frenéticas disparada,
A buscar a luz do sol.
Nas noites glaciais do fim azul,
O rugir dos dinossauros acasalando-se;
Sou frases soltas e sem respostas,
Bailando em rubras tardes de tormentas.
Sou primata nas cavernas bocejantes,
Onde gotas de vertentes rasgam a rocha;
E a ameba prisioneira se divide,
No inicio final da eternidade.
*J.L.BORGES
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