GRAMÁTICA
Na hipérbole de teu olhar,
Com a catacrese de teu sorriso;
Encontro metáforas desta ternura,
Em teu paraíso.
Na silepse de teu conforto,
Teus quentes beijos é o meu pleonasmo;
Os teus abraços, este teu corpo,
Tão natural nestes orgasmos.
No cacófato de nossas brigas,
O amor prolixo não vale nada;
As minhas dores, nossas intrigas,
Uma concisão desesperada.
Na harmonia de nossa trégua,
Sou onomatopéia de amor sem fim;
E tu querida, prosopopéia,
Do amor nefasto andando em mim.
*J.L.BORGES
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