sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

CHEIRO DE SAUDADE

CHEIRO DE SAUDADE

Um cheiro de mato,

A beira da estrada;

A chuva soluça,

Reclama por nada.

O berrante geme,

No romper da alvorada;

O homem suspira,

Saudade da amada.

Um cheiro de terra,

A beira da estrada;

Cheiro de saudade,

Tão longe da amada.

E chora a viola,

Geme o violão;

Se foi o tropeiro,

Deixou solidão.

Restou cheiro de mato,

E cheiro de terra;

A beira da estrada.

O dia amanhece,

A chuva soluça;

É outra jornada.

 *J.L.BORGES

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