CHEIRO DE SAUDADE
Um cheiro de mato,
A beira da estrada;
A chuva soluça,
Reclama por nada.
O berrante geme,
No romper da alvorada;
O homem suspira,
Saudade da amada.
Um cheiro de terra,
A beira da estrada;
Cheiro de saudade,
Tão longe da amada.
E chora a viola,
Geme o violão;
Se foi o tropeiro,
Deixou solidão.
Restou cheiro de mato,
E cheiro de terra;
A beira da estrada.
O dia amanhece,
A chuva soluça;
É outra jornada.
*J.L.BORGES
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