SIMPLICIDADE
Sou eu aquele quadro esquecido,
Que pode ser relembrado,
E depois de encontrado,
Jamais pode ser perdido.
Sou eu criança atrevida,
Roubando cores do céu;
Só pra tingir de esperança,
Esta luzes que te beijam.
Sou eu diabinhos da infância,
De pés no chão, sem camisa;
Cavalgando sobre verdes campos,
No minuano que sopra.
Sou sonhos que sempre voltam,
E batem na mesma porta;
Sonhos estes que confortam,
E teu rosto acariciam.
Eu também sou melodia,
Nesta noite que não finda;
Sou feliz, pois sou ainda,
Este tímido vaga-lume.
*J.L.BORGES
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