domingo, 12 de agosto de 2018

PAI

PAI

Chega de guerra, chega de fera,
Cansei de chorar, cansei de sofre,
Cansei de matar, cansei de morrer,
Eu, ser humano feito fera,
Cansei de correr neste inferno;
De tremer neste inverno,
Eu quero primavera.

Pai, eu quero paz,
Não quero sofrer;
Eu quero viver,
A morte eu não quero,
Sofrer neste inferno,
Também eu não quero,
Eu quero é ter paz.

Pai, eu quero a verdade,
Cansei de ver meu irmão sofrendo injustiça,
Sofrer e chorar sem nenhum sentido,
Morrer e matar em vão;
Cansei de mentiras e falsidades,
Pra quem merecer eu quero justiça,
Pois tenho fome e sede daquilo que é justo.

Tenho pena das crianças inocentes,
Sem futuro, sem teto e sem guarida,
Tendo na alma as feridas desta vida;
Os gemidos, as lagrimas e tantos ais;
Pai, eu quero dar o futuro de presente,
Aos pequeninos, pois eles merecem amor e paz.

Pai, teu amor e semente,
Teu amor é fermento, é farol,
Luz universal a um futuro paraíso,
Teu amor é a fonte que eu preciso,
Teu amor é meu lume, é meu sol.

Pai, chega de miséria, este cruel mal,
Que floresce em pétalas negras da nefasta morte,
Sopre pai, teu vento pentecostal,
Suavize um pouco mais a nossa sorte,
Eu quero vida a luz de um novo dia,
Quero te ver chegando a minha porta;
Eu quero paz.
                                           *J.L.BORGES

Nenhum comentário:

Postar um comentário