LABIRINTOS
Me perco no labirinto deste teu olhar,
Noturno e apaixonado.
Lá no abismo vejo corujas de fogo,
Embalsamadas em sonhos de um viver errado.
Neste labirinto vejo a triste lua,
A suspirar na solidão adormecida.
Neste fugaz e passageiro momento,
Lembro a tarde que partiu perdida.
...E a noite envolta em lençóis profanos,
Me trás o frio da ilusão distante.
Então caminho nesta escura estrada,
Sozinho e triste, sou um homem errante.
E esta dor que meu peito invade,
É a dor de amor que por ela sinto.
Assim prossigo nesta densa estrada,
Perdido dentro de teus labirintos
*J.L.BORGES
Nenhum comentário:
Postar um comentário