quinta-feira, 1 de março de 2018

MINHA DOENÇA

MINHA DOENÇA

Menina você me azucrina,

Seu jeito leviano me faz ser pior;

Me atiro de ponta cabeça,

Seu gosto de fêmea me faz tanto mal.

Me acho perdido em seu corpo,

Seu corpo pequeno, louca tempestade;

Estando em ti eu me perco,

Seu corpo moreno é vaga que invade.

Sua voz de sereia enfeitiça,

Me dá uma preguiça estando a seu lado;

Pareço um escravo em seu corpo,

Me agarro, me amarro e não saio de ti.

Você é um demônio atrevido,

Uma ninfa profana que nunca e cansa;

Estando em ti sou dengoso,

Um homem inocente quando estás junto a mim.

Só sossego se estou bem contigo,

Arrasado e saciado, mas te amando mulher;

Suas loucuras é a maior das certezas,

Daquele que ama, daquele que quer.

E eu quero que você me azucrine,

Me provoque e me faça ser um pouco melhor;

Seu cheiro de fêmea no cio,

Me acende o desejo e me faz ser pior.

Não adianta, sou leviano e só quero,

Só quero teu corpo pra sentir que estou vivo;

Quando estou a seu lado eu me sinto,

Uma perola em sua ostra, inocente e cativo.

  *J.L.BORGES

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