CRIATURA DA NOITE
Enquanto a floresta,
Guarda o perdido viajante;
A noite espia sobre as frestas,
No escuro luminar de pálidos instantes.
Quem será a criatura,
Que perdeu-se sob o manto da floresta?
Será alguma alma desgarrada e escura,
Ou um duende que fugiu de alguma festa?
Pobre criatura da noite a andar em vão,
Sem conseguir encontrar a sua casa;
Será espírito de algum demônio bom,
Ou um anjo que perdeu a sua asa?
A resposta só quem sabe é o infinito,
Pai supremo deste caos, desta loucura;
Enquanto isso na floresta em tom aflito,
Perambula a perdida criatura.
*J.L.BORGES
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