quinta-feira, 29 de março de 2018

USINA DO GAZÔMETRO

USINA DO GASÔMETRO

Usina, velha usina do gasômetro,

De dedo em riste,

Apontando para os céus de Porto Alegre,

Não te vejo solitária e triste,

Mas te beijo, efervescente e leve.

Oh! Minha velha usina,

Na imensidão azul constante,

Mosqueada de sonhos os teus contornos;

Pareces tu uma incansável vigilante;

Despida de orgulho, mas rica de adornos.

È assim que te vejo, velha usina,

No silencio desta noite,

Que aqui chega;

As águas do Guaíba em doces açoites,

São as águas que teu corpo beija.

Minha velha usina,

Tu es no por do sol com dedo em riste,

(Etérea Yara sempre a mirar meu lago)

A certeza de que porto Alegre existe,

Esta certeza que em meu peito trago.

  *J.L.BORGES

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