USINA DO GASÔMETRO
Usina, velha usina do gasômetro,
De dedo em riste,
Apontando para os céus de Porto Alegre,
Não te vejo solitária e triste,
Mas te beijo, efervescente e leve.
Oh! Minha velha usina,
Na imensidão azul constante,
Mosqueada de sonhos os teus contornos;
Pareces tu uma incansável vigilante;
Despida de orgulho, mas rica de adornos.
È assim que te vejo, velha usina,
No silencio desta noite,
Que aqui chega;
As águas do Guaíba em doces açoites,
São as águas que teu corpo beija.
Minha velha usina,
Tu es no por do sol com dedo em riste,
(Etérea Yara sempre a mirar meu lago)
A certeza de que porto Alegre existe,
Esta certeza que em meu peito trago.
*J.L.BORGES
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