quinta-feira, 29 de março de 2018

USINA DE PORTO ALEGRE

USINA DE POA

Teu dedo hirto,

Desvirginando,

Brumas leves;

Sempre e sempre apontando,

Para os céus de Porto Alegre.

Tuas paredes,

Mudas, mosqueadas,

Refletindo os raios,

Do pôr-do-sol,

De maio.

E teus muros,

Úmidos, pumbleos,

Sendo açoitados;

Pelos sedentos beijos,

Do jovem lago.

*J.L.BORGES

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