USINA DE POA
Teu dedo hirto,
Desvirginando,
Brumas leves;
Sempre e sempre apontando,
Para os céus de Porto Alegre.
Tuas paredes,
Mudas, mosqueadas,
Refletindo os raios,
Do pôr-do-sol,
De maio.
E teus muros,
Úmidos, pumbleos,
Sendo açoitados;
Pelos sedentos beijos,
Do jovem lago.
*J.L.BORGES
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