VENTO E FLOR
Na solidão maculada,
De uma tarde qualquer de vento;
A chuva chorou calçadas,
A dor dormiu pensamentos.
...E a flor perdeu a inocência.
O vento beijou a rosa,
Naquele dormir de tarde;
A noite surgiu dengosa,
Num tempo doce que invade.
...E a flor perdeu o perfume,
Em tonta noite de lua;
Assim surgiu o ciúme,
Naquele rasgo de rua.
Do ciúme veio a saudade,
Em noites de solidão;
O vento foi pra cidade,
E a rosa caiu no chão.
*J.L.BORGES
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