quinta-feira, 29 de março de 2018

VENTO E FLOR

VENTO E FLOR

Na solidão maculada,

De uma tarde qualquer de vento;

A chuva chorou calçadas,

A dor dormiu pensamentos.

...E a flor perdeu a inocência.

O vento beijou a rosa,

Naquele dormir de tarde;

A noite surgiu dengosa,

Num tempo doce que invade.

...E a flor perdeu o perfume,

Em tonta noite de lua;

Assim surgiu o ciúme,

Naquele rasgo de rua.

Do ciúme veio a saudade,

Em noites de solidão;

O vento foi pra cidade,

E a rosa caiu no chão.

 *J.L.BORGES

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